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“ a carência carece de tudo”
A carência…
Essa fome ancestral,
Reside no coração da besta,
E habita na armadura carnal,
Nas raízes e entranhas que segura…
Os ossos teimam em fixar-se ao esqueleto,
Como a gravidade planetária do universo intemporal,
Necessidade profunda e profusa,
Sem forma, luz, espaço ou dimensão,
… carece de tudo,
“ a carência carece de tudo”
E…
(« pousa…»)
No nada que mora no esquecido e estéril grão,
Reside a Compaixão.
Ricardo de Rá
Rodeia
Reeditado de As Pedras e os Buracos... - Colecção WAF VI
[ a carência é como este poema que nunca chegou ao lado direito da página]
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RICARDORODEIA
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Comentários
Esse estado consciente da
Esse estado consciente da inconsciencia
A carencia que ataca como se faminta
Que da besta corroi o coração, calada exuberancia
Silenciosa não se vê ou sente, porque inconsciente...
A carencia que de tudo carece, até do movimento, até da vontade... Menos da aparencia!
Gosto imenso deste teu poema, amigo!
Abraço
Obrigado, amigo. Contente por
Obrigado, amigo.
Contente por gostares.
Abraço.