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“Cinzas da mesma rima”

Quando a humildade enerte humilde
Verte um segredo por ambicionar
Centra-se no cruzamento,
Com a verdade ao olhar;
E parace ver, toda a falsidade que anda a cativar...

Corroendo dentro de suas veias
Imerge um Oceano da Alma
Naufragado, dilúvio de areias
Chama de novo a tempestade que o acalma...

Toa a voz relâmpejante do tempo
Rasga o espaço lúcido, que me alucina
Rugindo, lentamente, ao momento, lento...
Grita no espelho cor que desafina
Nublando a vaidade nas cinzas da mesma rima

Em memória a Luiz Vaz de Camões.

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quarta-feira, junho 9, 2010 - 22:56

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antonioduarte

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