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003
Dentro de uma lata fui com aglomerações massivas!
Cada um ali parece sempre ter consigo um encosto!
— Ao menos é o que se percebe nos feridentos rostos
De criaturas que pela viagem pensam se ainda estão vivas...
E me comem com os olhos de forma tal que é lasciva...
Eu sinto! E da sua miséria por pouco não sinto o gosto
Em minha boca quando o ar fede pútrido a desgosto!
E há infecciosas lámurias ao chão: sangue e saliva!
E seguimos nós nesta asquerosa conglomeração
Feito iguais, feito vermes amontoados em um caixão
E irados com os mais fracos a sentados descansar...
E seguimos por onde dita a monopolização
A tudo e uns a os outros odiar e a amar a indignação...
Náusea e nojo: cheiro de borracha queimada no ar!
15 de dezembro de 2011 - 07h 28min
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Poesia :
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Comentários
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Uma reportagem do mês de fevereiro deste ano:
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20100204161309&cat=paraiba&key...
Boa noite Adolfo
maravilhoso este poema decifra com nitidez
o que nós sentimos muitas das vezes,
quando somos obrigados,
a usar certos meios de transportes!
Belo poema forte nas palavras,
de grande impacto!
meus parabéns!
Amei
Dany
Obrigado, Dany! É sempre bom
Obrigado, Dany! É sempre bom ter quem se identifique ou quem compreenda o que escrevemos...
E quanto aos meios de transportes, verdade: é de ficar indignado como uma empresa cujos ônibus atendem a na sua grande maioria, no caso dessa linha, a estudantes e a pessoas de idade mais avançada de forma precária. E é de ficar ainda mais indignado com o fato de que a mesma empresa presta serviços a noutra linha que passa por um dos metros quadrado mais caro da cidade com um comboio de ônibus na sua maioria novos, e, segundo um próprio funcionário da empresa comentava a uma passageira um tanto alterada, três ou quatro vezes maior...
Situação é complicada.
E mais uma vez: obrigado por ler! =D
Jaguaribe
Sobre uma linha de ônibus a qual chega a ser de condições precárias...