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SÓ SEI QUE NADA SEI
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SÓ SEI QUE NADA SEI
Só sei o que sei mas posso saber mais do que sei.
A porta do saber estava aberta e eu espreitei.
O que os meus olhos viram criou – me ansiedade,
Pois afinal, eu pensava que sabia mas não era verdade.
Tantas coisas eu não sei, tantas coisas não conheço,
Parecia que tinha subido e afinal, eu sei que desço,
Onde tenho os pés, medito, e afinal eu não sei nada.
Tenho muito que aprender para subir a minha escada.
Julgava que do saber eu já muito coisa sabia
Afinal, sou quase cego, pensava que via mas não via.
A casa do conhecimento é infinita, é igual à da ignorância,
Não tem fim, e eu pensava que tinha tanta importância.
Do saber, um simples grão de areia é muito maior do que eu,
Podia ser eterno que o saber é sempre tão grande como o céu,
Por isso, do que sei, não me posso considerar satisfeito,
Há sempre muito mais para saber, nem sei tudo do que sou feito.
Julgar – me importante com o que sei, é não ter importância nenhuma,
Pois o saber é tão grande e eu tão pequenino, tão leve como uma pluma
Que não pesa no saber mas, eu sei que quero sempre mais aprender,
Até que o tempo queira e ordene a minha vida suspender.
2006- Estêvão
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Comentários
Soberbo!
Dentre todos poemas teus que eu li, este é o meu favorito, caro Estevão. Grandioso verso, Grandioso momento o teu!
Grato por partilhar conosco imenso testemunho, de verdade.
Um abraço e tenha uma ótima noite!
Poema
Amigo Adolfo.
Obrigado pelos elogios mas não sei se os mereço.
Um abraço para ti
Estêvão