Ainda é permitido

Ainda é permitido sonhar
Mesmo que os braços sejam pequenos ao alcance dos sonhos que rumam ao infinito dos versos...
Ainda é permitido desejar mesmo que o desejo reprimido se contente em ficar nas entrelinhas de um olhar distante que foge ás possibilidades de brilhar encantos...
Ainda é permitido ousar
mesmo que a ousadia se venere e se aproxima dos toques recolhidos das mãos...
Ainda é permitido acreditar
que os momentos e as horas serão eternas e a busca será de entrega e encontros rumos aos tateáveis cobrir de pele e envolvimentos nas vestes que encobrem o gosto do sentir...
Ainda é permitido sentir
Que a implacável beleza dos contos, se transformem em doces histórias reais,
E que a permissão de todo ato, de toda busca, de toda a veneração e conquista, está exatamente aqui:
Em nossas mãos

Mesmo não nos permitindo...

Mas ainda permito acreditar que as palavras alcancem os corações.