CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Anacronia Noturna
Súbito desperto no meio da noite.
Cai nas costas do mundo tal um açoite
A chuva, põem-se injuriados a chiar
Os paralelepípedos ante os fatos
Contudo à cara enfiam-lhe os sapatos...
E inda não sei o que veio a me acordar.
Não me desperta todo o frio do mundo,
Não sob um fino lençol imerso fundo
Tal a alma nas suas mortalhas carnais
Que das macumbas tão bem a protege
Quanto (d)as bençãos: entropia que rege
Além do horizonte de olhos mortais.
Não desperto uma cãibra tal uma faca
Meu bícepes destro covarde ataca,
Em silêncio rogo um palavrão;
Percebo que o choro não mais se eleva;
Que mantêm a sua densidade a treva
Somente, aos meus olhos como um ladrão...
Não via mais manchas pelo firmamento...
Talvez sonhasse naquele momento
Que no tal momento talvez sonhasse.
Talvez como nos tempos de menino
Em que febril era como se o Destino
Diante de mim se materializasse!..
...Claro... a cãibra! que no esforço antropofágico
Me salvou, tal uma hiena presa ao seu trágico,
De sob a minha cabeça o relógio
Que passo a passo em sua caixa titânica
Maldita tal numa procissão satânica
Prega ao calar da noite o meu necrológio!
05 de outubro de 2012 - 22h 22min
João Pessoa - Paraíba - Brasil
Adolfo J. de Lima
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1182 leituras
Add comment
other contents of Adolfo
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicado | Chemistry II | 2 | 1.286 | 07/27/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Soneto | Não rezo | 0 | 1.305 | 07/26/2011 - 21:32 | Português | |
Poesia/Soneto | Saudade | 0 | 948 | 07/26/2011 - 20:01 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas VII | 0 | 1.146 | 07/24/2011 - 23:00 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas VI | 0 | 1.004 | 07/24/2011 - 22:59 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas V | 0 | 1.019 | 07/24/2011 - 22:57 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas IV | 0 | 821 | 07/24/2011 - 22:55 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça às escondidas III | 0 | 967 | 07/24/2011 - 22:52 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas II | 0 | 724 | 07/23/2011 - 04:18 | Português | |
Poesia/Soneto | No banco de uma praça as escondidas | 0 | 957 | 07/23/2011 - 04:09 | Português | |
Poesia/Soneto | Bom dia! II | 0 | 749 | 07/23/2011 - 03:56 | Português | |
Poesia/Soneto | O amor... II | 2 | 1.294 | 07/23/2011 - 02:30 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos VII – Devorador de sonhos | 0 | 983 | 07/23/2011 - 02:07 | Português | |
Poesia/Soneto | Tributo a Augusto dos Anjos VI ─ Justiça | 0 | 987 | 07/23/2011 - 02:05 | Português | |
Poesia/Soneto | Olha | 0 | 700 | 07/19/2011 - 01:20 | Português | |
Poesia/Soneto | “Nas noites frias poderia ser como um cobertor” | 0 | 1.207 | 07/19/2011 - 01:05 | Português | |
Poesia/Soneto | Grilo | 0 | 1.019 | 07/19/2011 - 01:03 | Português | |
Poesia/Dedicado | Somos feito a lua e o mar | 0 | 867 | 07/19/2011 - 01:01 | Português | |
Poesia/Dedicado | Ciúmes III | 0 | 428 | 07/19/2011 - 01:01 | Português | |
Poesia/Amor | Amo II | 0 | 1.571 | 07/19/2011 - 01:00 | Português | |
Poesia/Amor | Chuva de verão | 0 | 965 | 07/19/2011 - 00:59 | Português | |
Poesia/Geral | About Me II | 2 | 1.284 | 07/19/2011 - 00:51 | Português | |
Poesia/Soneto | Chuva cai | 0 | 1.197 | 07/13/2011 - 02:07 | Português | |
Poesia/Soneto | Frio infernal | 1 | 1.207 | 07/12/2011 - 01:35 | Português | |
Poesia/Geral | Tédio Parte II | 1 | 692 | 07/10/2011 - 21:35 | Português |
Comentários
Tic. Tac. Tic. Tac. Tic. Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac.
Tic.
Tac....