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Apenas ama-me

Me esta entalado um grito,
Meu olhar já como um vidro
Brilha apenas por costume

Uma febre de saudade me transpassa,
Ciúmes me tem por caça,
Uma dor todo o tempo me enlaça

O choro sobe garganta acima
Não há mais nada que me anima,
O sangue se altera em lágrima
Descendo num som de rima

Como o som do vento violento
Que é como o trovão sem fôlego
Sem o rachar do brilho

Borram-se minhas digitais
Não sou mais eu com tantos ais
De uma dor que só se vê no olhar

Um sentir ameno que age como veneno
Que contamina matando
Que contrai morrendo
Apenas no silêncio de estar amando

E o rubor me sobe por pejo
Languida de vácuo em eco
Num triste e sombrio deserto

E mesmo assim te levo
Em cada verso,
Cada melodia ali te encontro
Te tenho em cada olhar
Te vejo em cada sonhar
Te encontro até no luar

Te sinto onde menos esperas,
Pois sei que vou sempre te carregar
Seja em meu olhar
Seja em meu lerdo caminhar
Seja no meu sôfrego falar
Seja no meu doido pensar
Irei sempre comigo te levar

Sangro em saudades
Encarno em várias personalidades,
Verto em duras verdades
Em meio a grandes cidades,
Me perco da noção realidade

E me ardem os pulmões
E perfuram meu coração
E me falta o ar a inalar
E se cansa de bater o coração

Mas nada detém quem atira
Meu bem querer a uma ida
Sem volta, nem recomeço

Muito me aborreço
Eu sei que não mereço
Tão pouco caso ao me medo
Tenho medo que de entre os dedos
Se vá meu maior desejo

Gostar ingrato, me lança migalhas
Não guardas si quer um fôlego
Não reservas si quer um canto
Dentro do coração em fatias

Não cuida de minha herança
Matas quaisquer nas esperanças
Chacinas qualquer confiança

Sobe desgosto, revoltam desespero
Amar quem não se ama
E a impotência de ver a morrer
Sem ter o poder pra salvar-te
De um si próprio em ódios

Quero que proves teu amor
Fazendo que passe essa dor
De uma perca antes do ganhar

Em nome de minha honra
Em valor de minha castidade
Te peço vida longa
Saúde, saúde que repouse em ti

Estou enferma e um grito
Na garganta entala
Ama-me o suficiente
Pra não matar-se
A minha frente

Ama-me o suficiente
A não me abandonar
Antes mesmo de chegar

Ama-me o suficiente
A me provar que nada
Será capaz de nos separar

Apenas ama-me
O suficiente a não me deixar

Ama-me a ponto de não aceitar
Que um vício te leve de mim
Tão fácil assim ...
Apenas ama-me!!!!

12-04-2010.

Submited by

segunda-feira, abril 12, 2010 - 06:18

Poesia :

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AlliniedeCastro

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Comentários

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Re: Apenas ama-me

"O choro sobe garganta acima"
"O sangue se altera em lágrima"
"E mesmo assim te levo
Em cada verso"

Um choro, um soluço, agarrado ainda à esperança... A suplica de um amor q não se quer deixar vencer...
Gosto do teu registo Alinne!
Beijinho em ti!
Inês

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Re: Apenas ama-me

Lindissimo este Apneas Ama-me.
Um grito, um apelo, um flagelo.

Ama-me o suficiente
A não me abandonar
Antes mesmo de chegar

Gosto de como escreves!

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