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Bêbado

Talvez seja mesmo assim...
Suficientemente simples
Simples o suficiente para confundir.

Talvez por isso não a tomamos em sua pura forma
Ela que nos toma, nos digere e nos expele de volta.
Talvez por isso mesmo existe as drogas, o ócio, o ópio
Cerebral lavagem, falsa propaganda, cannabis sativa
Álcool, comprimidos, injeções de anestesia...

Por isso já não quero explicar droga nenhuma
Apenas me dê logo um trago de coisa alguma!
Alguma coisa, qualquer verso, versão, história,
Serve qualquer mentira, paródia!
Não discuta minha aflição orgânica!
Ora! Eu quero isso!
Apenas me dê!!
Eu preciso agora!!

Sempre buscando aquela imagem de outrora
Aquela mancha turva que se aproxima do ideal
Preciso vê-la, senti-la, pegá-la,
cegar, como quem nada olha
Pois é minha e apenas minha esta ilusão de ótica
A que melhor se encaixa nesta vida caótica.

Então não me mostre como ela é
Pois ninguém sabe explicar, dizer
Seja ela assim como eu a vejo
Solitária, particular e egoísta!

Tudo se arruma perante meus olhos torpes!
A vida segue seu rumo, fora do meu prumo
Insensivelmente serena, inconstante e fria...
Minha sim! (Faço de conta que sim... E daí?)
Meu é tudo aquilo que faço e disfarço dela.
Certeza só tenho das mentiras que acredito
Verdade é a realidade fantástica que invento

________________________
Outras bebedeiras em

http://carlinhoscavalcanti.blogspot.com.br/

abraço a todos

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sexta-feira, julho 22, 2011 - 00:33

Poesia :

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carlfilho

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