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Bicho sem rasto
Levo vida de morcego
pendurado pl'o pescoço
e por trás deste rochedo
solto o meu grito de mocho
Sou abutre armadilhado
de garras bem afiadas
de lince são estes olhos,
vejo tudo ou quase nada
Sou vampiro insaciado
e infeliz o quanto baste,
sou sombra do que já fui...
Vivo em castelo fantasma
e ataco pela calada
Na escuridão da noite sou peste,
sou indigente, sou o diabo encarnado,
não sou figura de gente
sou mesmo bicho sem rasto...
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
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terça-feira, março 9, 2010 - 00:15
Poesia :
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Comentários
Re: Bicho sem rasto
Querida amiga Nanda
Este mistério entre linhas que
amo em tua poesia...Linda!
Beijinhos iluminados
Re: Bicho sem rasto
O seu ser, misterioso,
num belo poema, Nanda.
:-)
Re: Bicho sem rasto
Uma fantasia noctâmbula, um poema que deixa um bonito rasto!!!
Se foi a imagem que te inspirou, aplaudo incansavelmente...
:-)