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AS BOCAS SAIRAM À RUA
As bocas saíram à rua
Não tarda que as bocas saíam à rua,
E a verdade se dispa toda e fique nua,
Mas uns querem vê-las e outros não,
Ainda outros tapam os ouvidos e ouvir não vão,
Mas a verdade fica na boca de toda a gente,
Mas nem toda a gente a saboreia e a sente.
Gritam todas as bocas pela força da razão,
Mas a verdade continua a não ter perdão,
Da mentira que lhe quer tapar a boca,
E a pouco e pouco ela vai ficando louca,
Uns gritam pela verdade e outros pela mentira,
Sem saber quem ganhará ou se está perdida.
Há uma boca que se ouve muito mais forte,
E outras se calam e escutam a sua sorte,
É a mentira que se colocou lá em cima,
Faz promessas para ver se alguém anima,
E se junta à sua voz para calar a boca da verdade,
Está instalada a confusão nesta sociedade.
A bocas da verdade ouvem com muita atenção,
O que as bocas da mentira fala ao coração,
A verdade abre a sua boca e começa a falar,
E as bocas da mentira a tentam calar,
E verdade está nua, não tem nada a esconder,
E abrem-se as bocas da verdade para responder.
Atenção minha gente, muita atenção,
Falemos a uma só voz sem armas na mão,
Nós ganharemos, temos a força dos argumentos,
Não queremos os argumentos da força nos pensamentos,
A mentira quer vender a todo o custo o que não tem,
Mas nós, somos a verdade, não enganamos ninguém.
A mentira baixou os olhos e se retirou,
Baixou as armas e a manifestação a uma só voz gritou,
A verdade venceu, fora a mentira minha gente,
A verdade vai ao poder e não a boca que mente,
Humildemente a verdade em casa se recolheu,
E toda a gente esta lição ouviu e aprendeu.
Fortaleza, 5 de Novembro de 2011-Estêvão
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