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Boneca de trapos
Abraçaste-me com tal alegria
Que acreditei não ficar mais sozinha…
Era a tua boneca de trapo.
Comigo brincavas,
Dizendo que me amavas…
Encheste-me os miolos de areia,
E remataste-me à tua maneira,
Dos velhos retalhos
Da tua vida em frangalhos!
No meu peito,
Coseste um velho botão
A fazer de coração
E eu, sorria…
Porque feliz te via.
Lembras-te?
Mas afinal, era tudo fantasia,
Ao acordar, reparei…
Não passo de um belo enfeite…
Sirvo apenas p’ra teu deleite!
Fátima Rodrigues
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segunda-feira, setembro 13, 2010 - 22:15
Poesia :
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Comentários
Re: Boneca de trapos
uma verdade que quando a descoberto é uma rima de trevas na alma!!!
:-)
Re: Boneca de trapos
Interessantíssimo, poema, minha querida Fátima.
Faz-me lembrar um filme que eu vi. Nesse filme, a pobre boneca de trapos, pois assim era tida, com a ajuda de um amigo - um sapo, que mais tarde ela veio a descobrir, ser, realmente, o príncipe dos encantamentos dissimulados - fizeram da dono(a) dessa boneca, uma autêntica boneca de farrapos.
Como todos a apontavam, como sendo de trapos, faltava-lhe a coragem... mas esse tal de sapo, deu-lhe a mão, sacudiu-a e fê-la cair em si.
O final desta história, ainda hoje está por escrever, mas contam, à boca pequena, que ela hoje sente-se felicíssima, pois esse tal de sapo dos encantamentos dissimulados, demonstrou-lhe por a + b que aquilo, de que ela era feita, e a convenciam ser trapos, eram, realmente, peças da mais fina seda.
Beijinho, amiga. Adorei, verdadeiramente, o teu poema... :-)
Re: Boneca de trapos
Muito bem elaborado este seu poema. Gostei de ler. Abraços