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CÁRCERE LÂNGUIDO

Exorto ao socorro
destrancado na primazia nocturna
que persegue as galáxias do meu estar.

Esquecida vida
me apoquenta soturna
no antro dos medos flácidos.

Desarrumo dor em queda
que fere a clonagem das estrelas
no pólo íntimo dos meus frios ácidos.

Convencido de nada
inverto a agonia grosseira
no escombro iminente que povoa
a eira da minha alma viciada em tudo.

Derroco o fogo num cenário vadio, mudo.

Turva água adubada
em leito de desejo incumprido
na sola dos meus ecos falhados.

Saque de fé
das rezas incontinentes,
que gritam as grutas do fim ignoto
na maré da raiva que lasca o ego da barba.

Soterro a voz
nos mosaicos do tempo
ancorado nas correntes do saber
assinado de rugas por alhadas semblantes.

Difuso resgate
das mãos do cárcere lânguido
das genicas da mente desmaiada
no esmeril dos ontem castrados da fama.

Seca luz bisturi
que me escreve nos olhos
a catástrofe da ordem da morte.

Sorte de quem ama.

Disciplinado caos
na estrofe do vento papa-léguas.

Antígono castigo
me afunila reincidente.

Amante.

Néscias tréguas
esfumadas em teses de lixo
me fraseiam no abuso das palavras,
sepultadas no pó dos livros por escrever.

Forjada forra me desforra
leitura forreta das vísceras do Eu.

Submited by

terça-feira, abril 13, 2010 - 13:30

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

Uma complexa viagem interior às ansiedades do ser, a tentação de viver tudo, a consciência do tempo e o medo inerente ao não ter tempo.

Muito bom.

Abraço
Nuno

imagem de vitor

Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

Creio sem certezas, que você pede auxílio para combater seus medos, pisando e abusando caminhos como um fora-da-lei, amando e escapando à disciplina do amor como um reincidente... o antro de seus vícios.

Abraço.
Vitor.

imagem de Librisscriptaest

Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

"Esquecida vida
me apoquenta soturna
no antro dos medos flácidos."

A vida q se esmifra ma inquietação da emeferidade e da perda consequente, numa cadencia gradual, de tudo aquilo q nos compõe...
Ja tinha saudades de te ler, tenho andado desncontrada da tua escrita!!
Beijinho em ti!
Inês

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Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

Alcantra:

"Ter vício é querer extrair o máximo de algo".

Descodificaste 70% do poema!!! Foste genial!!!

Abraço

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Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

Bem construido no altar paradoxal do medo e a sede de viver (vício pelas coisas). Ter vicío é querer extrair o máximo de algo.

Alcantra

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Re: CÁRCERE LÂNGUIDO

A idade avança e o medo, o medo basta respirar!!!

:-)

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