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Cão Vadio (ensaio a dois sonetos)
Deambulas de cauda com o corpo a vaguear,
És rei dos órfãos e indigentes,
Passam os homens por ti indiferentes,
Erras sem destino ou lar.
És um sem-terra e sem abrigo,
És filho de toda a parte,
Comes o lixo com orgulho mendigo,
Sobrevives com a tua arte.
Só te vejo na penumbra,
És fantasma de dia,
Que te escondes na sombra.
Com faro de liberdade,
Refugias-te na claridade baldia,
Á noite desces à cidade.
Passa o sol nascente e poente,
Sem ambição vives pedinte,
Desterrado, pobre e doente,
Ausente de raça ou requinte.
Vejo-te ainda resistente,
Sarnento vira-lata bastardo,
Persistes tímido e paciente,
Do prematuro incesto abandonado.
Aguardas com olhar carente
Com a tua raiva de viver,
Calor sincero de gente.
A sina de fiel amigo,
Revela a dócil natureza de ser,
Em verdade peregrina te sigo.
Registo de propriedade intelectual: IGAC – Processo nº 5329/2009 – [i]in Coisas Ingénuas…[/i]
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Comentários
Re: Cão Vadio (ensaio a dois sonetos)
Bonito poema. Adorei ler. Abraços