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A Canção de Budapeste
mas secaram as tintas e os versos.
Secaram, em farpados arames,
que mais te aprisionam
que abraçam.
Seco, ficou, o desejo de falar de tuas Csárdás,
pois já não se ouve os acordes de Liszt,
silenciados pelas bombas da intolerância
e pelo urro dos tristes ogros das fronteiras.
Talvez, nalgum tempo de outros amanhãs,
outros Cantos cantem a verde beleza
que te fez amada pelo Mundo.
Mas não agora,
pois patéticos fantasmas inumanos
acusam-te com a sombra da impiedade.
Produção e divulgação de Vera L. M. Teragosa.
Lettre la Art et la Culture
Enviado por Lettre la Art et la Culture em 18/09/2015
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