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A Carta

Antes de começar
Como disse um sonhador
Que atire a primeira pedra
Quem nunca sofreu por amor…
Levanto-me de mansinho
Não fazendo barulho ao pisar as tábuas do chão,
Tua ausência ainda dorme
Bom dia solidão!
Passei o dia pensando
No melhor modo de te contar,
Que o tempo não ajuda
Nem faz a dor sarar…
Meus amigos ignoram
Que ando sem olhar,
O milhão ou mais de coisas
Pelas quais vale a pena lutar…
Habituei-me tanto
Tanto a esta rotina de pele,
A pensar-te enquanto risco
Palavras soltas sobre o papel…
À muito tudo se tornou assim
À muito deixei e sentir,
Não sei como escapar
Na sei como me mentir…
Caneta sobre a mesa,
Tudo fechado e uma folha de papel,
Procurar as palavras sobre o amor,
Que me amargou mais que fel…
Antes de começar admito
Apesar de tudo devo agradecer
Tu fizeste-me ver a luz
Quantos vivem sem a ver?
Suspiro e procuro a calma
A calma que não sei como imaginar,
Pisco os olhos e vejo o quadro
O quadro que jamais poderei pintar…
Tantos sonhos que não sei sonhar
Tantas palavras malditas
Que não consigo encarar,
Que me entreguei a uma mentira,
Que não a sei descartar…
Tu foste o melhor
De tantos sonho que quis sonhar,
Prometo não esquecerei
Quando no meu colo te vieste deitar.
Tantos sonhos, tantas formas,
Tantas coisas que gostaria de chorar,
Caladas, doridas
Deixando a caneta sangrar…
Lembranças! Licor dos loucos
São vinho doce como o mar,
Lágrimas que escorrem queimando
Um desejo tão grande como recordar…
Horas roubadas à meia-noite
Dias dormindo para não encarar,
Que ao por do sol…Tudo é igual
O pesadelo volta a começar!
Foste um anjo
Um pedacinho de céu
Hoje tornado num inferno
Que gela o meu Eu
Foste palavras bonitas
Foste um sussurro ao vento
Cheiros de noite calma
Agora és o meu tormento
Agora és ausência
Nada porque esperar
És a foto arrogada
Que voltarei a amachucar
Lágrimas, sangue, água, sal…
Uma dor morta no peito
O que faço para a arrancar?
Tirem-me o coração!
Vendo-o ao melhor pagador
Tirem-me esta praga
Que me mata de pena e dor…
Se “no fim nada importa”
“Nada vai perdurar”,
Quem me dera interiorizar esta verdade
E esquecer o teu olhar…
Enquanto tento escrever,
Procuro resposta ou solução
Maldigo a sorte e a dor,
Zango-me com meu coração!
Aturdido!
Porquê?
Porquê o teu nome voltou a saltar?
Numa conversa banal entre amigos
E sinto que me vai matar…
Desgarra-me por dentro
Mais do que consigo explicar,
Mais fundo que um punhal
Que palpita e não consigo arrancar…
E se todos me dão conselhos
Tão diferentes como os que os costumam dar,
Se alguns me querem ver bem
Outros me incentivam a ir-te procurar…
E o que fazer?
A quem dar mais atenção?
De quem são as vozes,
Que falando na minha cabeça estão…
Mas as vezes tento
Deixar-te como passado e seguir a andar
Tudo isto é em vão
Quando nos voltamos a cruzar…
Mudei de casa!
De quarto, cama e lugar!
Mas não sei que alma de outro mundo
Traz o teu cheiro para me atormentar…
Não é fácil de explicar
Menos ainda de entender,
Tua presença estremece
Na ausência do teu ser…
Confesso…
Quero ver o tempo passar
Dizem que ele é sábio
E faz a pena aliviar!
Esconder a cabeça no chão
Rezar para dormir e despertar
Dentro de mil mais mil anos
Noutro sitio com outro pensar…
Não te rias de mim
Não menosprezes o meu sofrer
Nada disto seria escrito
Se te conseguisse esquecer
Não sei!
Já não sei se te amo,
Se odeio o teu olhar,
Se isto é desejo ou obsessão,
Só sei que me está a matar!!!
Sinto que apostei alto,
Tão alto como voar,
Sinto que perdi tudo,
E não voltarei a ganhar…
Cigarro!
Digo palavras que deveras não sinto,
Morro odiando-te,
Odeio confessar-te que minto…
Sentado fintando o nada
Tua ausência vem se sentar,
Calada beija meus lábios,
Tua efinge sem me tocar
Sinto ira!
Porque entras-te tão fundo em meu ser?
Porque não consigo deixar-te para traz?
Porque não esqueço o teu nome?
Se a Deus peço que me dê paz…
Eu juro que tentei
Juro que fingi
Juro que conheci gente
Mas não me esqueço de ti…
Já não sei!!!
Não me sinto forte para lutar!
Sinto que corro mais de mil quilómetros,
Sem sair do mesmo lugar…
E grito, grito no meio da multidão!
Grito! e não me sai a voz…
Beijo outros lábios rogando perdão.
Perdão por mentir,
Perdão por enganar,
Por fechar os olhos e ver
Como ocupas esse lugar…
Desordem!!!
Não organizo nada em seu lugar,
Guardo debaixo do peito o momento
Em que disseste “para sempre vou te amar!”
Não te desejo mal!
Mesmo querendo não sei como o fazer…
Se o que rege os meus dias e a vontade,
Vontade maldita de te voltar a ver.
Alcoolizo a noite!
Com drogas ainda por inventar,
Drogas que não matam o desejo,
Desejo louco de te voltar a tocar…
Teu nome e nicotina
Tuas fotografias e absinto
Lavando a magoa
E esta tua falta que sinto…
Só queria ser normal!
Só queria voltar a sonhar!
Acreditar nos contos de fadas,
De que contavas ao deitar…
Com teu “Adeus” começou o caminho,
Juro que não parei de andar.
Mas se hoje sou peregrino
É porque estás em todo lugar…
Agarro a cabeça que pesa!
É algo que não sei explicar,
Como pode pesar tanto
Quando dentro só há ar???
Quero gritar!!!
Socos na parede!
Fortes até a mão sangrar…
E esperar que assim
Não sinta a dor de te imaginar
Lunático deus,
Esse que nos ensinou a amar!
Lunático por não nos ter explicado,
O que fazer para parar…
Para parar o sofrimento!
A dor do desamparo!
E não nos dizer baixinho:
“não chegara esse carro!!!”
Deito-me!
Quero despertar deste pesadelo.
Abandonar o vazio abismal!
Quero esquecer o tormento,
De não poder querer-te mal…
Que me dera agarrar tua cara
Beija-la até quebrar
Os teus lábios num beijo
E assim fazer-te encarar…
Um dia bem sei,
Serei criança de tez enrugada!
Sentada num banco de parque,
Esperando por nada…
E que será de mim?
Velho a recordar
Sem ter força o corpo
E sem ter voltado a amar…
Toca um piano ao fundo,
Fundo sinto as teclas a brincar
Sinto que me rasgam a alma,
Quem me afogo numa sala cheia de ar…
Mar!
O mesmo mar que olhamos,
Naquela tarde de Novembro.
O mar junto ao qual,
Vimos amanhecer Dezembro!
É tão forte este desespero!
É tão forte como te quero.
Venderia a alma barata,
Para ter o teu calor neste Inverno!
E choro…
Choro, pensando que não vou conseguir parar.
Tantas lágrimas que inundariam o deserto,
Tanto deserto que desapareceria o mar…
Sei outro ocupou o meu lugar!
O lugar que tanto sonho e sonhei!
Alguém te toca e beija,
Como eu nunca fiz e não farei…
Maldito esse outro!
Maldito o seu caminhar!
Pois sei que os passos o levam a tua cama,
Haste pública onde me vou crucificar…
Ele não te ama!
Pelo menos não como eu,
Pois por ti eu morro,
Por ti renuncio ao céu…
Entende-me por favor!
Não me dói ver-te bem!
Dói-me que tua alegria,
Seja nos braços de outro alguém…
Sonho que estas comigo
E não quero despertar,
Sou tão feliz nesta mentira,
Porque parece tão real…
E vou ao teu encontro!
E não nos perdemos em palavras…
Nem temos tema para conversar!
Simplesmente um beijo mudo,
Ilumina esse lugar.
Esse lugar de ilusão!
Esse pátio onde a loucura está a brincar!
Esse sonho pelo que mato e morro!
Essa vontade de não acordar.
Tanta dúvida tão forte a confusão…
Tão dura a tua ausência,
Tão duras as pedras do chão!
Palpitar malicioso,
Deste coração traidor,
Que me diz: “não esqueças!”
“É bonito sofrer por amor”!
Talvez leia demais…
Demasiados romances,
Que fazem acreditar
Que não existe dor perpetua,
Nem amor que viva sem triunfar.
Pois escuta-me Shakespeare! Anderson!
E quem mais poça escutar!!!
Isto que sinto é só dor,
Não tem outro nome pelo qual se possa chamar,
Escutem me! Vossa é culpa!!!
Vossa e só vossa que não possa eu ser,
Tão frio como o gelo,
Dar costas e esquecer…
Não teria sido melhor
Que Julieta ao invés de morrer,
Fecha-se só a janela do quarto
Para não ver Romeu aparecer?
Quem sabe se diferente fosse o conto,
Diferente seria o meu pensar,
Quem me pode dizer que estou errado?
Se o erro está em agonizar…
Quem tem moral na terra?
Quem a tem para me apontar?
Dizer-me “miúdo estas louco!”
“Aprende a encarar”
Teu nome é perfume
Maré que chega e vai devagar,
E eu não sou mais que rocha
Que planta o seu olhar…
Olhar seco de sal
Infinitas contas de somar,
O resultado e sempre zero
Por mais que o tente mudar…
Bem sei que as memorias
Não serão o meu melhor legado
Um punhado de palavras soltas
Que só entendo Eu calado
Aceitei-te como obsessão
Como sofrimento de estimação
Só te peço recorda-me
Quando estiver debaixo do chão…
Não te preocupes estarei bem
Acho eu!
Também não sei…
Mas o inferno não pode ser pior
Que a vida na qual me fechei.
Aos amigos e família:
Não tenham pena ou culpa
Fui eu quem não vos deixou entrar.
Aos que não conheci por medo: desculpem
O meu coração estava ocupado ninguém lá tinha lugar!
A minha mãe: um beijo
Perdoa-me por não realizar,
As esperanças que tinhas em mim
Desculpa por não te orgulhar…
À minha princesa: sem palavras
Minha irmã desculpa por não te ajudar
Mas se vivi sem aprender
Mana que te poderia eu ensinar?
Aos companheiros de sempre, tempo
Só isso no testamento lhes vou deixar
É estranho ver alguém partir
Sem saber como o recordar…
Se alguém me ama
Por favor rogo perdão
Mas esta é a única maneira
De sentir que não foi em vão
Aos que me vão criticar
Deixem que o conselho fique dado
O muro é muito alto
Não vos escutarei do outro lado
Pouso a caneta
Sinto que algo fica por dizer
Mas é tanto o que arde dentro
Que não sei como o fazer
Sinto que tanto fica por recordar
Sinto que tanto fica por ver
Tantas são as loucuras que ficam para traz
Aquelas loucuras que por amor devemos fazer..
Sorrio!
Entre as duvidas da decisão
O que farei agora não conto
O meu destino fica à tua imaginação…
E se esta carta leres um dia
E se sentires vontade de me encontrar,
Não contes a ninguém
Eu te espero em frente ao mar…

Voltar a este site depois de tanto tempo, e como voltar a casa, como reencontrar os velhos amigos, e tambem as muitas caras novas... com este poema o cão vadio ke sou bate a porta, espero ke a familia me deixe entrar...

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domingo, abril 11, 2010 - 01:52

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