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A casa dos sonhos?
Eu encontrei a casa dos meus sonhos
e para lá eu fui de mudança
E naquele quintal imenso
eu plantei as flores da esperança
O meu sonho mais sonhado,
finalmente eu havia encontrado
O meu lar com muito amor eu comecei a enfeitar
Os três primeiros anos foram de muita alegria
A minha casa estava finalmente do jeito que eu queria
O jardim enfeitado com flores de todas as cores;
era lindo de se olhar!
Não faltava mais nada para a felicidade me abraçar
Mas o tempo passou e algo mudou
Eu sentia, eu percebia; mas não queria enxergar
Ouvia, mas não queria escutar
Sons e ruídos que vinham do lado de lá
E aquele pequeno transtorno, eu decidi ignorar
Quem sabe esquecendo, aquilo tudo iria passar?
E tudo o que eu mais temia me acompanhava,
e apavorada eu fugia
Só que de ruídos então passaram
a ser estrondos e isto era todo dia
As paredes falavam, porém eu fingia não escutar
Um barulho que me tirava o sono
e não me deixava pensar
Eram as vozes do ódio com ferros e pregos a se misturar!
E para me acalmar nas claras manhãs...
só os comprimidos eram bem vindos
E o meu pavor foi crescendo, sem dimensão
O ponteiro do relógio não andava,
aumentando a minha depressão
Quanto eu mais rezava,
aquele fantasma vinha me assombrar
E eu já não mais existia,
eu era o próprio medo a me arrastar
Nas paredes do corredor
haviam mãos que estavam prontas para me puxar
À noite pesadelos estranhos;
uma criatura agarrada no teto a me fitar
Então um dia eu decidi,
ir para rua para esquecer um pouco o tormento
Porém quando eu voltei,
a casa parecia que ia cair a qualquer momento
Tremia, ruía, balançava
e tudo naquele ambiente parecia querer me expulsar
E o susto foi tão grande que eu me ajoelhei
e cheguei a vomitar!
Ali eu já não me sentia sozinha,
sombras obscuras me acompanhavam em todo o lugar
E dentro de casa com muito medo, eu andava devagar
No quintal eu ouvia as vozes dos homens
que estavam na fábrica a trabalhar
Barulho de ferros, brocas e metal;
muitas risadas e todas elas eram para me assombrar!
E enlouquecida eu havia me tornado,
em uma mulher sem nenhum horizonte
Suja, triste, sem esperança e sem fome
Pelos móveis da casa
se espalhavam os meus comprimidos
E assim se passaram sete anos,
entre prensa, martelos e ruídos
E as vozes e as risadas se transformaram em gritos
A casa dos meus sonhos tinha se transformado no inferno
Morreram as flores, e o meu jardim com cores obscuras
só conhecia o inverno!
Como eu sobrevivi?
Hoje eu estou viva e posso lhe contar!
Eu fugi!
E a fábrica se encontra no mesmo lugar!
Dany
Silent Hill 4 OST - Cradle of Forest
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Comentários
Boa noite Adolfo
Realmente não é a casa dos sonhos!
E sim do pesadelo!
As flores eram tão lindas; rosas, cravos, margaridas e amor perfeito!
A minha felicidade transbordava e não cabia em meu peito
É uma pena que este sonho alcançado, um dia foi desfeito...
A fábrica o engoliu
e cadê o meu sonho?
Sumiu!
Obrigado querido amigo!
O seu comentári ...
e a sua poesia que eu gostei muito,
valorizou muito este post!
Um grande abraço
Dany
Quanto ao título, ...
...não: uma fábrica de poesias em ruídos de um ritmo medonho;
Um antro de talhos e imagens feitas a ferro na face do que fora uma alegria;
Um punhado de versos tecidos sob o som do arrastar de correntes por uma casa escura;
O perfume que não há, que fere a terra onde foram arrancadas as flores do jardim...
O poema que eu gostei.
Adolfo
Amigo
Eu lhe respondi como comentário..."risos"!
A resposta ao comentário esta logo acima!
Me desculpe...
Adicionei até uma música,
muito obrigado amigo!
Abraços
Dany
Desculpar-se por isso?
Desculpar-se por isso? Besteira! =D [riso]
Pena que meu PC está sem audio [por conta deste drivezinho maldito ¬¬]... Contudo em tudo se dá um jeito: jájá faço download das duas - do coment e do poema =D
Adolfo
Agora sim respondi direitinho..."risos"
Uma linda noite para você!
Boas Festas!
Abraços Amigo!
Dany