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Cavaleiro dos Meus Tormentos

Saís… E nem um beijo me dais!
Senhor cavaleiro dos meus tormentos!
Por onde andais?
… Em elevados postes pedestais,
Como quem monta em rinocerontes … ancestrais!

Protegido em ninhos de léguas
Tais… em que orientam a tua vida, como quem
Passa a mão pelo meu cabelo
Sendo no teu o meu mais seco entre os demais…
Nunca!

Nunca o faz…
Então o que o protege o seu ser protegido,
Prometido tal como és…
Em relação aos demais?
Nada!

E sempre voltais,
Meu cavaleiro de fé…
Ante pé, e sem cavalo selado
Sem trela, ensinado e prometido…
… Sem pombais!

Bem…
Num beijo perdido, meu cavaleiro…
Sem cavalo alado,
Modesto o galope
Não te fará forte o espremer da morte
No escalope da sorte!

Carla Bordalo

Submited by

sexta-feira, março 19, 2010 - 20:29

Poesia :

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mariacarla

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Comentários

imagem de Henrique

Re: Cavaleiro dos Meus Tormentos

Como quem monta em rinocerontes … ancestrais!

Esta é a melhor definição do teu poema que a tormenta inspira!!!

:-)

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Cavaleiro dos Meus Tormentos

Carla.

O cavaleiro sai imponente em seu belo cavalo, com sua potente espada e brilhante escudo.

Mas ele enfrenta tantos combates nas inúmeras guerras nas quais é envolvido que, quando não lhe vem a morte, volta ao seio da pátria, em "pedaços". É um valente guerreiro, é claro, mas é um ser humano.

Gostei bastante.

Um abraço,
Roberto

imagem de Benedita

Re: Cavaleiro dos Meus Tormentos

A estes cavaleiros, falta-lhes o cavalheiro...

beijo

imagem de nunomarques

Re: Cavaleiro dos Meus Tormentos

E o senhor cavaleiro andante sempre volta das suas andanças, sem cavalo, um pouco curvado, sob consentimento da sua donzela.

Gostei imenso.

Abraço
Nuno

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