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cinzas
São veneno as ilusões
Que me assaltam, sem querer.
São de gelo as mãos do tempo
Deslizando, sem se ver.
Sou memória inalterável,
O rochedo inabalável,
Caminho sem direcção.
Um grito na madrugada
Olhar que não se acendeu.
Tudo o que em mim se perdeu
Areia, escombros e nada.
Horas gastas por sonhar.
Abismos, ou solidão.
Esperança extinta espalhada
Minhas cinzas, pelo chão.
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domingo, janeiro 4, 2009 - 03:45
Poesia :
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Comentários
Re: cinzas
Um poema escrito com alma!
:-)
Re: cinzas
"Privar um poeta de sua língua é roubar-lhe a metade da alma."
(Joaquim Nabuco)
...Nunca prive a sua... Abraços
Re: cinzas
As cinzas não ficam no chão.
Vão elevar-se
Vão criar nova ilusão,
Mais elaborada e mais firme.
Depressa, o vento mudará.
Gostei.
Bjs
Re: cinzas
Também tenho cinzas espalhadas pelo chão que andam por aí assim ao acaso...
Mas as tuas estão demais...adorei ler-te!
aliás gosto sempre dos poemas com que nos presenteias...
bj
breizh
Re: cinzas
há que os experimentar para adquirir imunidade...
beijo
Re: cinzas
Que extraodinário poema para uma fantática conclusão.
Re: cinzas
Espalhaste tuas cinzas pelo chão, que se elevam ao infinito, nas asas da beleza das tuas palavras...
beijo
Re: cinzas
Olá Jilly :-)
'São veneno as ilusões', veneno que todos provamos, são esperança, no final restam as cinzas...
Belisso poema, como todos os teus escritos.
Beijo