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COMO EU TE COMPREENDO
Ai Manuela como eu te compreendo
minha vizinha da rua aqui ao lado
Só me lembro de chamar-te assim
nome que invento
quando passas por mim com os cães à trela.
Com os olhos mortiços e a moleza
numa tarde doirada a qualquer hora
dizes olá com a mesma indiferença
com que te imagino a ti aqui agora.
Calam-se os pardais nas árvores de repente
ladram outros cães nas varandas fechados
riem-se os miúdos que jogam à bola.
Será por sermos os dois tão parecidos
que me angustia o facto só de ver-te
passear os cães como quem morre
cada dia que passa sem amor
que deixou há muito de existir
com o gordo arrogante que engataste
ou te engatou a ti há algum tempo
que se serve de ti como dum traste
que não tem lá grande utilidade
a não ser servir-lhe de alimento
ao seu egoismo de desprezível macho
dependente da boazona que o faz
sentir-se ainda mais importante
aos olhos dos outros como ele
que parecem desprezar o que já têm
e sentem às vezes qualquer coisa
de repente.
Ai Manuela!
antonio tropa
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