CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Continuo sentado à varanda
Choro porque acabei de saber de como se
Morria sentado à varanda, enquanto um
Silêncio corre pelos rubros telhados fora e
Me devolve um abraço do tamanho do medo.
E se alguém no entanto me ligar é porque pensa
Que ainda existo junto ao telefone, onde um dia,
Sendo eu, aprendi que não sabia dizer quem era
Ou onde tinha me esquecido de guardar o nome.
Quem me dera saber de cor cada canto da casa e
Percorrê-la ao contrário, adormecer com vontade
Junto à porta e acordar com as duas distintas buzinas
E com o corpo fresco pendurado num saco à neblina.
Mas continuo sentado à varanda mesmo sabendo
Que apenas existo na minha saudade, que de tempos
A tempos reconheço no vago aroma de uma cevada
E numa foto que guardo no bolso das calças e de onde
Lamento ter saído.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1867 leituras
Add comment
other contents of jopeman
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | 1127 | 0 | 3.546 | 11/24/2010 - 00:34 | Português | |
Fotos/ - | 1129 | 0 | 2.726 | 11/24/2010 - 00:37 | Português | |
Poesia/Amor | Mar Amar | 1 | 464 | 03/03/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia/Amor | A dança dos amantes | 1 | 1.961 | 03/05/2010 - 03:05 | Português | |
Poesia/Paixão | Pecados Satânicos | 1 | 689 | 03/05/2010 - 03:05 | Português | |
Poesia/Meditação | O refúgio de D. Dinis | 1 | 2.145 | 03/05/2010 - 13:08 | Português | |
Poesia/Intervenção | Tormentosa Mansão | 1 | 569 | 06/19/2009 - 03:30 | Português | |
Poesia/Meditação | Que morram todos os sinais | 1 | 1.826 | 06/12/2010 - 10:48 | Português | |
Poesia/Amor | A (quase) eterna leveza dos malmequeres | 1 | 2.229 | 06/24/2010 - 05:05 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Disputas de Vida | 1 | 657 | 01/04/2009 - 19:19 | Português | |
Prosas/Outros | Meu doce céu | 1 | 704 | 05/04/2009 - 15:08 | Português | |
Poesia/Amor | sei que o amor é coisa de homens | 1 | 1.626 | 10/20/2011 - 21:10 | Português | |
Poesia/Alegria | Divina Existência | 2 | 466 | 03/02/2010 - 15:37 | Português | |
Poesia/Amor | Buraco Negro | 2 | 408 | 03/04/2010 - 17:10 | Português | |
Poesia/Amor | Não quero acordar | 2 | 369 | 03/04/2010 - 16:29 | Português | |
Poesia/Amor | Erudito ao seu respiro | 2 | 453 | 03/04/2010 - 20:02 | Português | |
Poesia/Tristeza | Três quartos de vida mal vivida | 2 | 474 | 03/22/2009 - 13:21 | Português | |
Poesia/Amor | Carvão do meu corpo | 2 | 415 | 04/15/2009 - 14:18 | Português | |
Poesia/Meditação | Viagem | 2 | 2.106 | 06/12/2010 - 10:41 | Português | |
Poesia/Dedicado | Jopeman - O caminho (ao WAF) | 2 | 1.681 | 07/06/2010 - 08:10 | Português | |
Poesia/Geral | Destino Manifesto | 2 | 2.142 | 08/22/2010 - 22:17 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Beijos de Outono | 2 | 692 | 09/22/2009 - 14:21 | Português | |
Prosas/Pensamentos | O teu Mundo | 2 | 620 | 02/28/2009 - 16:53 | Português | |
Prosas/Terror | Carnificina | 2 | 731 | 06/09/2009 - 02:36 | Português | |
Prosas/Romance | O Mercado das Sombras (Excerto) | 2 | 510 | 01/17/2010 - 13:01 | Português |
Comentários
Re: Continuo sentado à varanda
João :-)
E se alguém no entanto me ligar é porque pensa
Que ainda existo junto ao telefone, onde um dia,
Sendo eu, aprendi que não sabia dizer quem era
Ou onde tinha me esquecido de guardar o nome.
AMO, LER OS TEUS POEMAS
AMO A LEVEZA DA TUA ALMA!!!
JAMAIS, DEIXAREI DE TE LER!!!
GRANDE, ABRAÇO DA AMIGA!
mm
Re: Continuo sentado à varanda
Choro porque acabei de saber de como se
Morria sentado à varanda, enquanto um
Silêncio corre pelos rubros telhados fora e
Me devolve um abraço do tamanho do medo.
Olá João
Todo o poema, é esplêndido. Em todos os momentos descritos há muito a reter, como se quisesses num só momento entrar e sair, e voltar a ser tudo o que foste e o que não pudeste ser, num dado momento
Gostei muito
Beijo
Matilde D'Ônix
Re: Continuo sentado à varanda
Me devolve um abraço do tamanho do medo.
Grandes versos!!!
Uma espera que nos mata!!!!
:-)
Re: Continuo sentado à varanda
Olá João,
Senti saudades tuas!
por vezes temos de nos perder para depois nos encontrar com forças redobradas, um sorriso nos lábios, e o poder de escrever como tu...palavras sentidas q expressão momento difíceis de ultrapassar mas, ultrapassáveis só temos de acreditar q conseguimos:)
Beijinhos
I
Re: Continuo sentado à varanda
A tua escrita tem sempre uma particularidade estranha,
emociona-me.
Quantas vezes ressuscitamos para morrer de novo?
Um poema tocante com a marca indelével da tua
sensibilidade.
Beijo
Vóny Ferreira
Re: Continuo sentado à varanda
"Que apenas existo na minha saudade, que de tempos
A tempos reconheço no vago aroma de uma cevada
E numa foto que guardo no bolso das calças e de onde
Lamento ter saído."
Adorei, adoro a tua originalidade e estética na escrita.
És fantástico.
Grande abraço.
Adoro ler-te.
Re: Continuo sentado à varanda
A CERTA ALTURA TODOS NOS PERDEMOS DE NÓS...ESQUECEMO-NOS DE QUEM SOMOS...PERDEMO-NOS NUMA VIDA QUE NÃO FOI A QUE SONHÁMOS. E TODOS NÓS UM DIA PARAMOS Á ESPERA DE SABER ONDE ESTÁ ESSE EU DE QUE TEMOS SAUDADES E QUEREMOS DE VOLTA.
ENCONTRAMO-NOS QUANDO FINALMENTE DESCOBRIMOS QUE NÃO NOS PERDEMOS...APENAS ERRÁMOS O CAMINHO E ANDÁMOS A VAGUEAR POR AÍ...