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Delinquente

Muitas bebedeiras apanhei
A família me desprezou
Na droga mergulhei
O mundo me abandonou

Bati à porta do vizinho
Um cobertor fui pedir
Me deu o mais fraquinho
Prá rua fui dormir

Sem nada para comer
Carros fui guardar
Por não saber viver
Não tenho ninguém para amar

Pelo anoitecer
A fome chegou
E eu sem nada para comer
Pois o vício tudo levou

Fui dormir junto ao rio
Abraçado ao cobertor
O mundo está frio
Mata-me de dor

Submited by

quarta-feira, novembro 25, 2009 - 01:20

Poesia :

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ricardopacheco

imagem de ricardopacheco
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Comentários

imagem de cecilia

Re: Delinquente

Ricardo,

Triste realidade vivida por muitos, personagens estes que vagam durante a noite e se escondem ao dia raiar, sabemos de suas exitências mais ignoramos. Seu poema me fez pensar em uma parabola que ouvi onde em um destes personagens poderia viver Cristo reencarnado. Como estaria a conciência de que o ignorou.

Tratou com grande sabedoria um dos temas atuais.
Que venham mais poemas como estes.

Abç
Cecilia Iacona

imagem de Dianinha

Re: Delinquente

Infelizmente é a realidade de muita gente...
Gente essa que não tem apoio de ninguém, todos os desprezam...

Dura e crua realidade dos nossos tempos!

Adorei o seu poema!

Beijinho!

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Delinquente

Parabéns pelo belo poema.

Gostei muito.

Um abraço,
REF

imagem de MarneDulinski

Re: Delinquente

LINDO POEMA, QUE ESPELHA MUITAS REALIDADES DE PESSOAS, QUE ENTRAM NA MARGINALIDADE ASSIM; DEVERIAM TER UMA ASSISTÊNCIA PSICOLÓGIA!
MarneDulinski

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