CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A dimensão
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
Poluída a memória,
do escape ruidoso
não resta senão a fuligem das horas
que passam
demasiado devagar.
No túnel as luzes dos automóveis
embatem na elástica esperança
dos meus sonhos
feitos de ilusão maciça.
Ninguém vibra.
Nervosamente desço o passeio
e pouso os pés cansados
no alcatrão gasto
pelos gritos apressados
de quem provavelmente nem sabe
onde se respira
a calma
de uma tempestade.
Observo as mãos feridas,
ásperas.
Vejo nelas o vazio dos abraços
calejados
e os olhos que se escondem
debaixo das tampas de esgoto
enlameados na frieza
de um mundo dividido.
Olho o céu,
cerro os punhos
e recalco ainda mais o grito escuro
que atravessa um sopro
por debaixo da terra.
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3001 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Sinfonia em sete tons | 0 | 844 | 02/06/2011 - 20:00 | Português | |
Poesia/Tristeza | Aceitação com mágoa | 0 | 819 | 02/02/2011 - 19:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | Tu, lanças-me | 1 | 1.289 | 02/01/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Tristeza | Alma sóbria | 1 | 647 | 02/01/2011 - 00:15 | Português | |
Poesia/Geral | Amor sem rumo... | 1 | 562 | 01/27/2011 - 22:09 | Português | |
Poesia/Meditação | Dúvida infernal | 1 | 1.019 | 01/25/2011 - 22:34 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XV - A morte que não foi | 0 | 754 | 01/13/2011 - 18:57 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XIV - As hienas e o meu instinto assassino | 0 | 748 | 01/13/2011 - 18:53 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XIII - Os mistérios do amor | 0 | 598 | 01/13/2011 - 18:37 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XII - Porque choravas? | 0 | 981 | 01/11/2011 - 19:30 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XI - Errar de novo | 0 | 881 | 01/11/2011 - 19:18 | Português | |
Poesia/Geral | Strange X - O robô que existia em ti | 0 | 1.160 | 01/08/2011 - 14:20 | Português | |
Poesia/Geral | Strange IX - Pura e nítida | 0 | 1.534 | 01/08/2011 - 14:15 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VIII - Jogo de cartas e música | 0 | 1.444 | 01/08/2011 - 14:03 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VII - Naufrágios da alma e o fundo do mar | 0 | 462 | 01/07/2011 - 16:29 | Português | |
Culinária/Sobremesas | Pudim de laranja | 0 | 2.126 | 01/07/2011 - 16:25 | Português | |
Culinária/Bolos | Brisas do Lis | 0 | 2.455 | 01/07/2011 - 16:22 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo Xadrez | 0 | 2.803 | 01/07/2011 - 16:10 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo fofo de chocolate | 0 | 2.183 | 01/07/2011 - 16:07 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VI - A cumplicidade e o medo do escuro | 0 | 837 | 01/07/2011 - 15:41 | Português | |
Poesia/Geral | Strange V - A vida é tão curta | 0 | 996 | 01/07/2011 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Strange IV - A partilha e os caramelos | 0 | 506 | 01/07/2011 - 15:34 | Português | |
Poesia/Geral | Strange III - O anjo sonâmbulo | 0 | 686 | 01/07/2011 - 15:29 | Português | |
Fotos/Natureza | Prece | 1 | 1.426 | 01/07/2011 - 00:56 | Português | |
Poesia/Geral | Strange I - O peixe e a boca de vidro | 1 | 819 | 01/06/2011 - 18:56 | Português |
Comentários
Nesta dimensão ao lado, De
Nesta dimensão ao lado,
De tudo o que senti...
Como os abraços vazios...
A memória dura
Onde a esperança perdura...
E o perfume que não sinto o aroma
Que morra,
Mas continuo, como o mar...
Que vai ganhado terra.
Este frio sabe bem.
A quanto se estende meu silêncio.
Acho que a primeira parte define logo a poesia.
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
....
e estas ultimas estrofes estão muito bonitas,
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
Gostei do teu poema agreste mas onde ainda há a luz...
Nem que seja pela esperança que não desiste.
Beijo