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A dimensão

 

Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.

 

Poluída a memória,
do escape ruidoso
não resta senão a fuligem das horas
que passam
demasiado devagar.

 

No túnel as luzes dos automóveis
embatem na elástica esperança
dos meus sonhos
feitos de ilusão maciça.

 

Ninguém vibra.

 

Nervosamente desço o passeio
e pouso os pés cansados
no alcatrão gasto
pelos gritos apressados
de quem provavelmente nem sabe
onde se respira
a calma
de uma tempestade.

 

Observo as mãos feridas,
ásperas.

 

Vejo nelas o vazio dos abraços
calejados
e os olhos que se escondem
debaixo das tampas de esgoto
enlameados na frieza
de um mundo dividido.

 

Olho o céu,
cerro os punhos
e recalco ainda mais o grito escuro
que atravessa um sopro
por debaixo da terra.

 

Continuo a resistir.
Como o mar.

 

A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.

 

 

rainbowsky

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quinta-feira, outubro 27, 2011 - 00:41

Poesia :

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rainbowsky

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Comentários

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Nesta dimensão ao lado, De

Nesta dimensão ao lado,
De tudo o que senti...
Como os abraços vazios...
A memória dura
Onde a esperança perdura...

E o perfume que não sinto o aroma
Que morra,

Mas continuo, como o mar...
Que vai ganhado terra.

Este frio sabe bem.
A quanto se estende meu silêncio.

Acho que a primeira parte define logo a poesia.

Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade
.

....

e estas ultimas estrofes estão muito bonitas,

Continuo a resistir.
Como o mar.

A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.

Gostei do teu poema agreste mas onde ainda há a luz...
Nem que seja pela esperança que não desiste.

Beijo

 

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