Doce Tormenta

Eu,
Tu,
Ele, Ela,
Nós…
Existirá um Nós?
Preciso que as tuas certezas acalmem as minhas inseguranças
Como o teu toque quente enfraquece e joga, com a minha pele,
Trazendo uma espiral de contínuo desejo…
Pensarás n’Ela?
Questionas-te do mesmo? Medo parvo que nos invade…
Agora…aqui, não…bem, talvez…
Os sentidos entorpecidos pelo desejo já saciado
Interpõem-se com o pensamento, que continuamente, teima em nos assombrar…
A noite apura-nos os sentidos,
Embriagou-nos como tolos…que, decididamente, somos!
Vigília aguardada e já ausente…
Enquanto lutamos com o Consciente.
Honestidade, prezo-te…mas peço-te… que me abandones por instantes…
Quero, necessito
De Olhar, tão Nobre Companheiro,
Foste, desde o primeiro olhar, um cavalheiro
Que, com essa doce tormenta, soubeste me envolver no teu Abraço.
De madrugada, pensaremos, novamente, no Eu, no Tu, e em Eles…
 

Por: Joana Silva