CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
DOR
Dor
As dores só sente quem as tem,
Elas não se ouvem nem se vêem,
Não se mostram, estão escondidas,
E são sempre inimigas,
De quem as possui sem as pedir,
Entram depressa e nunca saem a fugir.
As dores do corpo doem tanto,
Mas as dores da alma causam pranto,
E por vezes são muito mais dolorosas,
Causadas pelo símbolo das rosas,
Ou de uma traição que não se espera,
São sempre reais e não uma quimera.
Dor só sente quem tem vida,
E só desaparece quando é perdida,
Acabou tudo, a alegria e o sofrimento,
E até o próprio pensamento,
Já não há lágrimas e nada acontece,
Porque já nada existe, tudo desaparece.
Por isso, eu quero sentir a minha dor,
Seja ela física ou de amor,
Quando se sente algo no corpo ou na mente,
Eu não fico triste, fico contente,
Posso chorar e rir ao mesmo tempo,
Porque estou vivo, sinto o vento.
Quando nada acontece vem a tristeza,
Esta ninguém chama, ninguém a deseja,
Mas ela anda, existe e aparece no olhar,
E nunca nos pede licença para entrar,
A alegria, essa sim, queremos que aconteça,
E da nossa alma nunca se despeça.
A dor só se ouve se alguém der um ai,
E uma lágrima espontânea vem e vai,
O seu destino é cair no chão,
E, se antes de ela cair passarmos a mão,
Entra na nossa pela e nada se perde,
E ela torna a aparecer porque se ergue.
A dor vai, a dor vem,
Ela não tem voz, só incomoda quem a tem,
E todos passam e ninguém sabe de nada,
É tão subtil, ora se acende ora se apaga,
Eu quero senti-la e matá-la se eu puder,
Eu só posso senti-la e apagá-la se eu viver.
Tavira, 19 de Setembro de 2011-Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1283 leituras
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | UM SONHO | 0 | 1.279 | 12/21/2012 - 11:39 | Português | |
Poesia/Geral | À ESPERA DE UMA VIAGEM | 0 | 1.017 | 08/26/2012 - 15:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A JUVENTUDE PASSA | 2 | 1.098 | 06/16/2012 - 10:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A VOZ DO DINHEIRO | 0 | 1.574 | 04/29/2015 - 16:14 | Português | |
Poesia/Amor | AO AMOR NÃO INTERESSA O TEMPO | 0 | 1.042 | 02/17/2013 - 13:20 | Português | |
Poesia/Meditação | AS MINHAS PERNAS | 0 | 912 | 11/29/2013 - 12:46 | Português | |
Poesia/Meditação | BRINCAR COM O FOGO | 0 | 806 | 02/07/2013 - 11:38 | Português | |
Poesia/Meditação | GANHAR UM AMIGO | 0 | 1.117 | 05/12/2013 - 11:19 | Português | |
Prosas/Pensamentos | 34- O HOMEM | 6 | 3.901 | 03/21/2018 - 16:04 | Português | |
Poesia/Meditação | À LAREIRA DA FÉ | 0 | 1.053 | 07/20/2013 - 12:28 | Português | |
Poesia/Meditação | A LUA | 0 | 692 | 10/27/2012 - 00:43 | Português | |
Poesia/Meditação | A SAUDADE DÓI | 0 | 960 | 06/15/2013 - 09:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A SAUDADE DÓI | 0 | 749 | 06/15/2013 - 09:50 | Português | |
Poesia/Meditação | A TERRA QUE EU PISO | 0 | 7.631 | 09/10/2014 - 10:35 | Português | |
Poesia/Meditação | A ALMA TAMBÉM SANGRA | 0 | 1.216 | 02/04/2013 - 10:57 | Português | |
Poesia/Amor | A BELA ADORMECIDA | 0 | 2.050 | 04/22/2012 - 11:38 | Português | |
Poesia/Meditação | A CAÇA E O CAÇADOR | 0 | 3.881 | 12/30/2015 - 10:58 | Português | |
Poesia/Geral | A CHUVA | 0 | 667 | 01/24/2013 - 11:44 | Português | |
Poesia/Meditação | A CHUVA NÃO PÁRA DE CAIR | 0 | 717 | 02/09/2013 - 12:50 | Português | |
Poesia/Meditação | A CONSCIÊNCIA | 0 | 1.388 | 07/22/2015 - 10:28 | Português | |
Poesia/Meditação | A COR DA ALMA | 0 | 941 | 10/02/2012 - 10:03 | Português | |
Poesia/Alegria | A COR DO CÉU | 4 | 1.687 | 06/25/2012 - 13:49 | Português | |
Poesia/Meditação | A COR DO TEMPO | 0 | 989 | 01/16/2013 - 11:59 | Português | |
Poesia/Amor | A COR DOS TEUS OLHOS | 0 | 962 | 12/02/2012 - 18:55 | Português | |
Poesia/Intervenção | A DESGRAÇA DE UMA NAÇÃO | 0 | 1.401 | 03/09/2016 - 12:28 | Português |
Add comment