Dores de crescimento...

Deita a tua vida no meu colo,
Aconchega a alma no meu regaço e,
Fala-me de ti!
Não do que és e do que queres ser
Mas, de que é feito este teu viver!

Docemente, com calor eu te abraço!
E, enquanto falas do medo de crescer,
Da dor do verdadeiro saber
Eu vou dando espaço e conforto
A este teu tão natural temor...
Permito-te, minha filha
O susto de te veres adulta
E, a responsabilidade de o ser!!

Fala-me de ti e dessa saudade
Que ás vezes desperta, o desejo
de voltares a ser criança...

Então eu, falar-te-ei de mim...
E ouvirás o meu lamento
Ao perceber o quanto
Foi rápida a tua infância...

Sabes,
Enquanto mãe,
Também eu, em silêncio,
ás vezes, sofro de dores
de crescimento...