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DUAS CAVALGADURAS




Duas cavalgaduras

 

 

 

 

Uma cavalgadura que carrega outra cavalgadura,

A que está por baixo tem uma situação muito dura,

Carrega uma que apenas tem duas patas, é idiota,

Quando se sente acossado e também trota.

A primeira sente - se dono da debaixo, usando chicote,

A segunda, apenas responde mudando a marcha para trote,

A de baixo urra para a de cima dizendo que lhe dói,

Mas a primeira não responde e marra como um boi.

 

 

 

 

 

 

Uma cavalgadura que carrega outra cavalgadura,

A de cima urra para outra que não fala mas também urra,

A primeira sabe o que quer e a segunda apenas obedece,

Distinguir uma da outra é fácil, no andar que carece,

Uma usa as quatro patas olhando sempre para o chão,

E a outra usa as duas sempre de chicote na mão,

Para mandar seguir em frente a cavalgadura inocente,

Que não se sabe defender das porradas que só ela sente.

 

 

 

 

 

 

A cavalgadura de cima diz para outra sempre ordenando,

Arre, arre cavalgadura, sou eu que estou mandando,

Paga – lhe o transporte com ração e com cama feita no chão,

E a de cima dorme sempre no seu quarto com colchão,

E a de baixo assim vai vivendo a vida que tem no tempo,

Vivendo a dureza da vida à chuva, ao Sol e ao vento,

Enquanto a cavalgadura que é dona vive noutras condições,

Com o dinheiro que a outra ganha e tratada aos empurrões.

 

 

 

 

Tavira, 25 de Agosto de 2010 - Estêvão

 

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sábado, fevereiro 23, 2013 - 13:08

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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