CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Duplo - Bernardo Almeida
Duplo
Escuto um soluço insistente vindo da sala
Talvez seja a Lua aflita pelos trovões
Que cercam-na em forma de pensamentos
E há também uma estrela que chora em meu quarto
Deita sobre a minha cama pontualmente às dez
E deixa brotar a crise de todos os amantes abandonados e traídos
O meu quintal é um cemitério de carros roubados
No qual abundam esqueletos metálicos
Que ordinariamente reluzem formando um bizarro carrossel
De seres com cabeça de animal e corpo de homem
Conduzidos invariavelmente pelos dedos da vergonha, da decepção e do arrependimento
Brado então, em desesperado clamor, pelo Sol
Que sempre ascende quando apago
Mas ele parece não me atender
O pedido que faço está fora do seu imutável turno
E, enquanto espero, tento expurgar a minha dor
Para consolar a Lua e enxugar a lágrima da estrela depressiva que me guia
Bernardo Almeida
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 971 leituras
other contents of Bernardo Almeida
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | Palavra - Bernardo Almeida | 0 | 545 | 02/28/2011 - 01:26 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Crença e aparência | 0 | 282 | 02/28/2011 - 01:27 | Português | |
Poesia/Amor | Bilheteria | 0 | 322 | 02/28/2011 - 01:28 | Português | |
Poesia/Intervenção | Augusta | 0 | 415 | 02/28/2011 - 01:33 | Português | |
Poesia/Amor | Prescindível | 0 | 485 | 02/28/2011 - 01:34 | Português | |
Poesia/Amor | Pagão | 0 | 309 | 02/28/2011 - 01:35 | Português | |
Poesia/Amor | Devoção - Bernardo Almeida | 0 | 377 | 02/28/2011 - 01:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Carne, osso e memórias - Bernardo Almeida | 0 | 370 | 02/28/2011 - 01:36 | Português | |
Poesia/Alegria | De braços dados | 0 | 411 | 02/28/2011 - 01:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Geração exonerada | 0 | 375 | 02/28/2011 - 01:39 | Português | |
Poesia/Meditação | Anônimo | 0 | 336 | 02/28/2011 - 01:40 | Português | |
Poesia/Dedicado | Deveras, homem! | 0 | 286 | 02/28/2011 - 01:41 | Português | |
Poesia/Amor | Aventura idílica | 0 | 296 | 02/28/2011 - 01:43 | Português | |
Poesia/Amor | À venda | 0 | 363 | 02/28/2011 - 01:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Novo de novo | 0 | 323 | 02/28/2011 - 01:44 | Português | |
Poesia/Intervenção | Condenação sócio-laboral | 0 | 449 | 02/28/2011 - 01:45 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O brinde da moeda humana | 0 | 257 | 02/28/2011 - 01:46 | Português | |
Poesia/Fantasia | Atemporal | 0 | 333 | 02/28/2011 - 01:46 | Português | |
Poesia/Amor | Retorno | 0 | 345 | 02/28/2011 - 01:47 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Leito | 0 | 316 | 02/28/2011 - 01:47 | Português | |
Poesia/Alegria | Vale-vida | 0 | 348 | 02/28/2011 - 01:53 | Português | |
Poesia/Meditação | Deuses e demônios | 0 | 305 | 02/28/2011 - 01:54 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Molho requentado | 0 | 446 | 02/28/2011 - 01:57 | Português | |
Poesia/Intervenção | Institucionalizado | 0 | 339 | 02/28/2011 - 01:58 | Português | |
Poesia/Meditação | Observador | 0 | 237 | 02/28/2011 - 01:59 | Português |
Add comment