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ERA UMA VEZ
ERA UMA VEZ
Era uma vez um velho cão,
Por ser velho era sabichão,
Foi para um safári com a dona,
Que nunca a abandona.
Vagueado com a dona pelo mato,
Perdeu o seu contato,
Ficando muito assustado,
Pois não estava habituado,
A vaguear sozinho,
Neste desconhecido caminho.
Procurava o caminho para voltar,
Quando sentiu um leopardo chegar,
Caminhando na sua direcção,
Quase ficou sem reação,
Pensando que ia ser comido,
Mas nem deu um gemido,
E pensou muito enrascado,
Vou ser almoçado,
Mas, de repente viu ossos no chão,
Ele que era muito sabichão,
Depressa ele pensou,
E assim se ajoelhou,
Junto dos ossos encontrados,
Fazendo rosnados,
Começou os ossos a roer,
Virando o rabo e continuou a morder,
Exclamando alto para o predador ouvir:
Este leopardo estava delicioso,
Com ar de pouco amistoso,
O leopardo que ouviu,
Depressa ele fugiu,
Depois o velho cão,
Que era muito sabichão,
Exclamou: caramba já me safei,
O leopardo afastei,
Mas um macaco malvado,
Que viu a cena pendurado,
Foi contar ao predador,
Que o velho cão era um simulador,
Em troca de protecção,
Para tramar o velho cão.
O leopardo zangado,
Por ter sido enganado,
Pôs o macaco no seu lombo,
Agarrado para não dar um tombo,
Foi a caminho do velho cão,
Para lhe comer o corpo e o coração,
O velho cão outra vez ameaçado,
Ficou muito assustado,
E pensou, o que é que eu faço?
Virou as costas ao predador,
Sentindo um grande pavor,
Novamente os ossos a roer,
Exclamou: o macaco malvado,
Ficou de trazer outro leopardo,
E até agora ainda não veio,
Estou esfomeado neste meio,
E mais uma vez o leopardo,
Foi completamente enganado,
E assim o velho cão,
Que era muito sabichão,
Com a sua experiência de vida,
Com a velhice sentida,
Livrou-se ser comido,
Por um forte inimigo
Tavira, 4 de Maio de 2012-Estêvão
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