CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Eroticus I – O Banho

Coloca a sua roupa no chão frio,
Devagar e muito docemente;
Deixa ver o seu corpo esguio,
Belo, eterno, jamais sombrio,
Enquanto se despe alegremente.

Fica sobre a sua pele nua
O seu longo e louro cabelo.
Lá fora fica a eterna lua,
Iluminando a deserta rua,
Ignorando este quadro singelo.

Ficam os vidros embaciados
Devido aquela quente agua,
Onde mil sais são derramados
E onde os pés são mergulhados
E esquecida é a vil magoa.

Escorre a agua por entre a pele,
Todo aquele corpo é molhado.
Ai meu Deus! Que momento aquele
Em que tudo era impossível.
Mas que belo corpo desnudado.

Pegando num rosado sabão,
Que aquelas chuvosas lágrimas
Molhou e, com uma bela mão,
Entoando uma bela canção,
Foi lavando as partes intimas.

Esfrega os seus dois seios,
Tão belos e tão perfeitos,
Suficientemente cheios,
Sem nada que os fizesse feios,
Como nenhuns jamais foram feitos.

E sempre com a mesma cantiga,
Molhada em agua cristalina,
Que da sua pele é tão amiga,
Assim estava aquela rapariga,
Lavando a sua terna vagina.

E descendo alcançou as pernas,
Brancas, suaves, maravilhosas.
E, com carícias tão ternas,
Esfrego-as. Eram tão eternas,
Aquelas pernas tão espantosas.

E o sabão foi retirado
Com toda aquela agua corrente.
Todo aquele corpo molhado,
É cuidadosamente secado,
E a roupa vestida novamente.

Coberta aquela grande beleza,
Ficam apenas recordações,
Daquele banho duma pureza,
Que tudo tinha p’ra realeza,
P’ro nascimento de mil paixões.

A pele está coberta, vestida.
No rosto está ainda o sorriso
Daquela maravilhosa vida,
Onde só com tristeza sentida
Se perdia, assim, um paraíso.

24.10.1992

Submited by

segunda-feira, abril 11, 2011 - 16:40

Poesia :

No votes yet

gaudella

imagem de gaudella
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 11 anos 36 semanas
Membro desde: 03/26/2011
Conteúdos:
Pontos: 346

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of gaudella

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Soneto Ser ou não ser, eis a questão 1 529 03/29/2011 - 19:58 Português
Poesia/Soneto Neve branca e fria com fogo quente 1 439 03/29/2011 - 14:16 Português
Poesia/Soneto Teu nome, loira desconhecida 0 658 03/29/2011 - 03:10 Português
Poesia/Soneto Quem te pôs a cara machucada? 0 565 03/29/2011 - 03:00 Português
Poesia/Soneto Amor 0 443 03/29/2011 - 02:43 Português
Poesia/Soneto Vagueio sobre esta triste praia 1 396 03/29/2011 - 02:41 Português
Poesia/Geral Um dia no campo 0 378 03/28/2011 - 18:02 Português
Poesia/Amor Renascer 0 517 03/28/2011 - 00:37 Português
Poesia/Soneto Mas o que é que estou a fazer aqui? 0 513 03/27/2011 - 23:39 Português
Poesia/Soneto Xanana, Xanana. Foste vendido 0 407 03/27/2011 - 23:36 Português
Poesia/Soneto Uma passagem para a outra margem 0 389 03/27/2011 - 23:30 Português
Poesia/Soneto Timor 1 492 03/27/2011 - 23:02 Português
Poesia/Amor Entre Anjos 1 632 03/27/2011 - 20:50 Português
Poesia/Geral Fim do Império 2 400 03/27/2011 - 14:08 Português
Poesia/Soneto Essência de um Poeta 1 608 03/26/2011 - 10:41 Português
Poesia/Soneto É de manhã. Já a prima esfera 0 493 03/26/2011 - 01:59 Português
Poesia/Soneto A força da pena vai-se perdendo; 0 524 03/26/2011 - 01:56 Português
Poesia/Geral Eu Rebelde 0 488 03/26/2011 - 01:54 Português
Poesia/Soneto De que serve ganhar o mundo? 0 382 03/26/2011 - 01:50 Português
Poesia/Tristeza Saudade 0 467 03/26/2011 - 01:49 Português
Poesia/Amor Leonor foi à fonte 1 643 03/26/2011 - 01:48 Português
Poesia/Geral Os olhos choram o dano 0 498 03/26/2011 - 01:47 Português
Poesia/Soneto Fim 1 350 03/26/2011 - 01:43 Português
Poesia/Soneto Viana, meu suave degredo. 0 485 03/26/2011 - 01:43 Português
Poesia/Soneto Traição 0 470 03/26/2011 - 01:39 Português