CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Eroticus III – Sonhos de Cabedal
Aparecem-me me fantasias,
Com roupas de aderente cabedal,
Raparigas de más companhias,
De rosto pintado, angelical.
Mostram mais do que ‘scondem os fatos,
Mostram a brancura duma pele
Ainda jovem, sobre uns sapatos
Co’um salto alto mais do que incrível.
E umas rendadas meias sobem,
Galgam por umas suaves pernas,
Presas por algumas ligas apenas,
Deixando ver parte da tez jovem.
E mais acima a intima parte
Tapa-se co’uma tanga de couro,
Que cobre aquele grande tesouro,
Conhecedor da divinal arte
Do prazer: dá-lo e recebê-lo
Está certo! Que assim é a vida.
E aquele montinho de pelo,
Ele sabe bem o que é a vida…
Bem sabe o que fazer p’lo amigo
Que o procura com ou sem capa.
Mais a norte no feminino mapa
Pulsava um mui ardente umbigo,
Que fazia uma ventral dança.
Perdia-se naquele vai e vem
Onde, sem dar sinais de mudança
Vê, como num ‘spelho, a imagem
Duns belos seios, duma outra dama
Que bailava à sua frente, nua
Também. Via um peito em chama
Ardente, redondo como a lua
Cheia; rubro como um belo rubi;
Suave como uma jovem pele;
Doce como o mais puro mel…
Uma forte chicotada senti!
Desaparecem os escrúpulos
Ao som dum estalante chicote,
Que me punha o peito aos pulos,
Desejando ver mais que o decote
Da camisa que tinham vestido
Entretanto. Então o desejo,
Juntando-se ao sangue já vertido,
Faz desaparecer todo o pejo
E lançamo-nos os três p’ro leito,
Não sendo necessário dizer
Tudo o que nós fomos nele fazer.
Se o é não o digo, pois meu jeito
Não me permite falar disso.
Imaginem vocês: três pessoas,
- um rapaz, duas miúdas boas –
Juntos na cama… qual o serviço
Que poderá fazer um grupo tal
Com chicotes, fatos de cabedal
E loucas fantasias sem igual?...
25-11-1994
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1411 leituras
other contents of gaudella
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Soneto | Ser ou não ser, eis a questão | 1 | 529 | 03/29/2011 - 19:58 | Português | |
Poesia/Soneto | Neve branca e fria com fogo quente | 1 | 439 | 03/29/2011 - 14:16 | Português | |
Poesia/Soneto | Teu nome, loira desconhecida | 0 | 658 | 03/29/2011 - 03:10 | Português | |
Poesia/Soneto | Quem te pôs a cara machucada? | 0 | 565 | 03/29/2011 - 03:00 | Português | |
Poesia/Soneto | Amor | 0 | 443 | 03/29/2011 - 02:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Vagueio sobre esta triste praia | 1 | 396 | 03/29/2011 - 02:41 | Português | |
Poesia/Geral | Um dia no campo | 0 | 378 | 03/28/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Amor | Renascer | 0 | 516 | 03/28/2011 - 00:37 | Português | |
Poesia/Soneto | Mas o que é que estou a fazer aqui? | 0 | 512 | 03/27/2011 - 23:39 | Português | |
Poesia/Soneto | Xanana, Xanana. Foste vendido | 0 | 406 | 03/27/2011 - 23:36 | Português | |
Poesia/Soneto | Uma passagem para a outra margem | 0 | 389 | 03/27/2011 - 23:30 | Português | |
Poesia/Soneto | Timor | 1 | 492 | 03/27/2011 - 23:02 | Português | |
Poesia/Amor | Entre Anjos | 1 | 632 | 03/27/2011 - 20:50 | Português | |
Poesia/Geral | Fim do Império | 2 | 399 | 03/27/2011 - 14:08 | Português | |
Poesia/Soneto | Essência de um Poeta | 1 | 608 | 03/26/2011 - 10:41 | Português | |
Poesia/Soneto | É de manhã. Já a prima esfera | 0 | 493 | 03/26/2011 - 01:59 | Português | |
Poesia/Soneto | A força da pena vai-se perdendo; | 0 | 524 | 03/26/2011 - 01:56 | Português | |
Poesia/Geral | Eu Rebelde | 0 | 488 | 03/26/2011 - 01:54 | Português | |
Poesia/Soneto | De que serve ganhar o mundo? | 0 | 382 | 03/26/2011 - 01:50 | Português | |
Poesia/Tristeza | Saudade | 0 | 467 | 03/26/2011 - 01:49 | Português | |
Poesia/Amor | Leonor foi à fonte | 1 | 643 | 03/26/2011 - 01:48 | Português | |
Poesia/Geral | Os olhos choram o dano | 0 | 498 | 03/26/2011 - 01:47 | Português | |
Poesia/Soneto | Fim | 1 | 349 | 03/26/2011 - 01:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Viana, meu suave degredo. | 0 | 485 | 03/26/2011 - 01:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Traição | 0 | 470 | 03/26/2011 - 01:39 | Português |
Add comment