CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Escrito na Água
I
Recordo-me das noites em branco
Em que teu amor tanto desejei.
Recordo-me da tua alma de santo
E das lágrimas que por ti chorei.
Recordo-me de ti, no entanto,
Além das noites que por ti velei,
Só recordo o mais triste pranto
Que por alguém, alguma vez eu dei.
Lembro-me de tudo o que prometi,
Dos sacrifícios que fiz por ti.
Recordo-me de tudo, de tudo…
Eu lembro-me de tudo, contudo
Vejo que o que disse foi magoa,
Tristes palavras escritas na água.
II
E ‘scritas na água, perderam-se
No abismo do mar mais profundo.
Agora que elas afogaram-se
Vivo eu como um vil vagabundo,
Sem rumo ou caminho no mundo.
As palavras não salvaram-se…
Mas o sentimento é fecundo
E as palavras recuperaram-se.
Escrevo-as agora na areia,
Mas a onda que nela s’ enrola,
Faz delas o canto da sereia,
Aquele que perde os já perdidos.
E é neste vil canto de vitrola
Que escrevo os sonhos nunca vividos.
III
Neles inscrevo minha paixão.
Faço uma cantiga que é cantada
Pela sereia. Mas a canção
Nunca, por ninguém, é escutada!
É que ela é fruto do coração
E é dele a lágrima chorada.
Perdi-me sem ter salvação…
- Não passo duma alma penada!
Perco-me nas passadas lembranças
Do tempo em que pedi mudanças
P’ra minha vida. Vivo com medo
E com saudade, no meu degredo,
Vejo que o que disse foi magoa,
Tristes palavras escritas na água.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 330 leituras
other contents of gaudella
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Soneto | Ser ou não ser, eis a questão | 1 | 529 | 03/29/2011 - 19:58 | Português | |
Poesia/Soneto | Neve branca e fria com fogo quente | 1 | 439 | 03/29/2011 - 14:16 | Português | |
Poesia/Soneto | Teu nome, loira desconhecida | 0 | 659 | 03/29/2011 - 03:10 | Português | |
Poesia/Soneto | Quem te pôs a cara machucada? | 0 | 565 | 03/29/2011 - 03:00 | Português | |
Poesia/Soneto | Amor | 0 | 444 | 03/29/2011 - 02:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Vagueio sobre esta triste praia | 1 | 397 | 03/29/2011 - 02:41 | Português | |
Poesia/Geral | Um dia no campo | 0 | 378 | 03/28/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Amor | Renascer | 0 | 519 | 03/28/2011 - 00:37 | Português | |
Poesia/Soneto | Mas o que é que estou a fazer aqui? | 0 | 513 | 03/27/2011 - 23:39 | Português | |
Poesia/Soneto | Xanana, Xanana. Foste vendido | 0 | 407 | 03/27/2011 - 23:36 | Português | |
Poesia/Soneto | Uma passagem para a outra margem | 0 | 390 | 03/27/2011 - 23:30 | Português | |
Poesia/Soneto | Timor | 1 | 492 | 03/27/2011 - 23:02 | Português | |
Poesia/Amor | Entre Anjos | 1 | 633 | 03/27/2011 - 20:50 | Português | |
Poesia/Geral | Fim do Império | 2 | 400 | 03/27/2011 - 14:08 | Português | |
Poesia/Soneto | Essência de um Poeta | 1 | 610 | 03/26/2011 - 10:41 | Português | |
Poesia/Soneto | É de manhã. Já a prima esfera | 0 | 494 | 03/26/2011 - 01:59 | Português | |
Poesia/Soneto | A força da pena vai-se perdendo; | 0 | 525 | 03/26/2011 - 01:56 | Português | |
Poesia/Geral | Eu Rebelde | 0 | 489 | 03/26/2011 - 01:54 | Português | |
Poesia/Soneto | De que serve ganhar o mundo? | 0 | 383 | 03/26/2011 - 01:50 | Português | |
Poesia/Tristeza | Saudade | 0 | 468 | 03/26/2011 - 01:49 | Português | |
Poesia/Amor | Leonor foi à fonte | 1 | 644 | 03/26/2011 - 01:48 | Português | |
Poesia/Geral | Os olhos choram o dano | 0 | 499 | 03/26/2011 - 01:47 | Português | |
Poesia/Soneto | Fim | 1 | 351 | 03/26/2011 - 01:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Viana, meu suave degredo. | 0 | 486 | 03/26/2011 - 01:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Traição | 0 | 472 | 03/26/2011 - 01:39 | Português |
Add comment