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Espera

Na esperança de momentos, viajo sem fim
Sensações e emoções que me deixam assim
Deliciado por experiências novas de prazer
Que invocam em mim actos que devo prender

Enlouqueço de tédio quando mergulho na insignificância
As coisas que me rodeiam deixam-me na ignorância
Por não saber porque a vida é assim e o ser humano precisa
De mudar para ser mudado numa mudança indecisa

E neste momento no local onde meu corpo ainda vive
Algo estranho, maduro e velho em mim sobrevive
Sinto a decadência da minha alma escura
Onde o sonho anteriormente proposto já não dura.

Palavras que se libertaram e agora insólito relembro
Como a água passa fria e gelada nos meses de Dezembro
Assim estão meus sonhos, frios e distantemente congelados
Á espera que alguém, que talvez não eu, os torne realizados.

E sempre aquele que nos dá a mão a retira mais tarde
Será bom ou mau, defeito ou qualidade de um olhar que arde
E que nos queima de esperança e nos afoga na saudade
Por dias passarem e o sonho permanecer na obscuridade.

E alimentamos, rezamos e esperamos que chegue a hora
A tão desejada hora da realização e satisfação que me adora,
Que me adora de longe, á distancia de um simples passo
Mas difícil de dar, pois é difícil andar onde já não há espaço.

Não há num quarto tão pequeno e frio, escuro e sem conforto
Onde nele sigo um sentimento a que fico atento, mas é torto
É torto mas é ele que sigo sem medo do que possa encontrar
Pois sinto, sei e digo que onde me encontro cá não quero estar

Fugir, não talvez, ou sim moderadamente, quando vejo simplesmente
Que neste desconforto onde vivo, e o vivo por não ser quente,
Eu não posso caminhar. Não posso ignorar a minha insatisfação
Por não conseguir, sozinho, atingir a total e viva realização

Porque é que quem do ouro nasce merece a luz do dia
Que não ilumina a flor que abre às escuras na noite fria
E que tem de fechar, por luz não ter para que possa viver
E crescer para que um dia seja vista e valorizada ser

Morrendo assim às claras do luar a linda e vistosa flor
Que, nascendo numa floresta densa e vazia nunca teve amor
E o calor de um olhar que a faria brilhar onde não passa vida
Onde por mais que brilhem nessa floresta, essa luz não tem saída.
 

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segunda-feira, abril 18, 2011 - 17:09

Poesia :

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elpedropoeta

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