CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Eu odeio (não) sentir
À Aprendiz de Poeta, Adreza Arruda Leite
De nada lembro: bebi até o último estado de torpor
E agora sem saber direito para onde eu vou
Eu cato e descarto o que antes era doce, o que é amargo,
O que nesta boca ressequida já não tem sabor...
E eu odeio cada uma destas palavras nas quais amargo,
Odeio quem a direção insiste em apontar com o dedo
Quando se quer não me toquei de que estou bêbado...
Será que ninguém por aqui realmente ainda não notou?
Neste estado de copo vazio alguém me abandonou
Doutor; me faça um milagre, me arranja um santo remédio
Que mate escondido sob o meu travesseiro o tédio.
Nada forte o bastante a ponto de me fazer dormir...
Eu preciso de algo mais forte, nada de anfetaminas
Mas algo que posso me deixar mais forte; vitaminas
Talvez doutor, para que eu possa odiar o meu não sentir...
Alguém me abandonou neste estado de corpo vazio;
Sem amar, sem odiar, sem sentir calor ou frio
E ainda assim a sempre sentir que eu não estou por mais de um fio:
(Terapia deu certo?) quero ver o copo transbordar
Mas não sem antes aquela lapada de Diazepam,
Se ainda me causar algum (d)efeito... Se não, Roupinol
Ainda não perdeu lá o seu jeito em me fazer relachar
De olhos sempre abertos: Não sei o que pensar sobre surpresas
Se bem que irrita os anjos fantasiados de rouxinols
Quando sabemos que não existe tal ave na natureza,
Que eu prefiro esconder-me atrás das lentes de meu Ray Ban
A me ver num espelho d´água enquanto vertem as mágoas;
Fúteis, antes de a fria porcelana tocar logo secam...
Creio apenas nas estrelas do mar que cedo ao céu ascendem,
As ressequidas estrelas cadentes que se espedaçam
Contra as bravas ondas do mar a vir sempre em torrentes...
Tempestade em copo d'águ'ardente.
Em solidão eu vivo a me afogar.
27 de julho de 2011 - 11h 15min
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2595 leituras
Add comment
other contents of Adolfo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Minha morena dos olhos de caramelo! | 1 | 1.774 | 05/03/2012 - 23:01 | Português | |
Poesia/Soneto | 25 de dezembro II | 1 | 1.613 | 05/03/2012 - 22:44 | Português | |
Poesia/Soneto | Morada | 1 | 1.805 | 05/03/2012 - 22:38 | Português | |
Poesia/Amor | Azul | 2 | 2.368 | 05/03/2012 - 22:27 | Português | |
Poesia/Amor | Fazer feliz | 2 | 1.585 | 05/03/2012 - 22:08 | Português | |
Poesia/Amor | Encontro | 0 | 1.308 | 05/02/2012 - 12:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | Em vermelha tinta | 6 | 1.674 | 05/01/2012 - 19:46 | Português | |
Poesia/Soneto | Taverna II | 0 | 2.419 | 04/25/2012 - 23:36 | Português | |
Poesia/Soneto | Opiniosos. Odiosos II | 1 | 1.593 | 04/25/2012 - 13:37 | Português | |
Poesia/Soneto | Taverna | 0 | 1.525 | 04/25/2012 - 13:33 | Português | |
Poesia/Alegria | Otimismo | 2 | 3.606 | 04/25/2012 - 13:02 | Português | |
Poesia/Soneto | Subinconsciência de morte VIII | 0 | 1.695 | 04/24/2012 - 23:26 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Um conselho III | 0 | 2.306 | 04/23/2012 - 19:46 | Português | |
Poesia/Soneto | Subinconsciência de morte VII | 0 | 1.930 | 04/23/2012 - 19:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Mãe natureza | 3 | 1.605 | 04/23/2012 - 17:48 | Português | |
Poesia/Tristeza | Canto da desolação III - Rouxinol: Meu Canto da desolação | 3 | 3.400 | 04/23/2012 - 17:43 | Português | |
Poesia/Amizade | Meu Doce | 3 | 2.585 | 04/23/2012 - 17:21 | Português | |
Poesia/Soneto | Subinconsciência de morte II | 1 | 1.305 | 04/22/2012 - 22:16 | Português | |
Poesia/Soneto | Do jardim um cemitério eu faço II | 5 | 2.295 | 04/21/2012 - 03:54 | Português | |
![]() |
Videos/Música | Epica - Serenade of Self-Destruction | 0 | 2.341 | 04/20/2012 - 15:37 | Português |
Poesia/Soneto | Subinconsciência de morte IV | 1 | 2.471 | 04/15/2012 - 08:58 | Português | |
Poesia/Soneto | Subinconsciência de morte VI | 1 | 1.601 | 04/13/2012 - 19:40 | Português | |
Poesia/Soneto | Um conselho II - Um (outro tipo de) conselho | 2 | 1.554 | 04/12/2012 - 18:49 | Português | |
Poesia/Fantasia | Sono - continuação | 2 | 2.505 | 04/12/2012 - 11:26 | Português | |
Poesia/Fantasia | Sono | 3 | 2.038 | 04/11/2012 - 22:02 | Português |
Comentários
Para A Aprendiz
Em pensar que ela só veio me mostrar o seu poema [ http://worldartfriends.com/pt/club/poesia/drogas-do-cora%C3%A7%C3%A3o ]... Não diria nem que escrevi sem querer este aqui: eu apenas escrevi (À Andreza).
Gosto de ler o que você
Gosto de ler o que você escreve. Principalmente algo que é pra mim, algo que parece comigo. Você escreve divinamente.
Divinamente que nada =D. A
Divinamente que nada =D. A você que tanto engrandece meus versos torno a dizer: "teus versos são de uma simplicidade que penso eu nunca serei capaz de imitar". E acrescento: "a perfeição há em cada coisa simples que Deus pôs no mundo e que o homem jamais será capaz de criar igual". Pois teus versos imitam a simplicidade que há "Desde as pequenas pétalas a beijar o precipício de um morro ao azul do céu cheio de nuvens brancas".