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Fim eterno

Quando a inusitada beleza não resistir a presença do sol,
E o mar da tristeza fundir-se à solidão,
Tingirão as telas marinhas de escarlate fulgor contra os céus e os vulcões nosso sangue, nanquim e licor.

Uma Babel encenada nas páginas bíblicas,
Caindo
Eu direi que é chegada a hora
De toda a poesia ir embora.

Ali veremos cerrarem os céus novas nuvens de negrume e odor impensáveis,
Ouvindo vulcões desde Sodoma os ímpios a reclamarem a suma justificação.

Fuligem dos mortos carbonizados serão tantos
Sobre a pele e as casas dos santos.
Luto de vozes cessadas nos campos.
Uma criança cega cantará a vida
Como prêmio de não sofrer tal miséria.

A morte a possuir nossas vozes
Anunciará com seu hálito e fome:
"Vim matar o meu alimento e fonte.
Haja morte onde houver mesmo que um só homem!".

Sim, quando o mar investir-se sobre os campos
E fluir até sobre os montes,
Saberemos que todo o lugar deste mundo
Mergulhará num silêncio profundo.

Vossa Era em um indubitável sonho
Desejou o eterno desde o mais remoto sono.
Acordar para o infinito será um assombro
Quando o mundo não tiver o seu Dono
A carregar mais os seus filhos nos ombros.

E então, sim, virá para todos o fim.

Bruno Resende Ramos.

Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, aos 5 dias de março de 1969. Filho de Edir de Resende Ramos e João Lopes Ramos. Formou-se em Letras e Artes pela Universidade Federal de Viçosa e cursou Pós-graduação em Língua Inglesa.

Livros: Coletâneas "Poemas e outros encantos", "Contos e Crônicas para viagem", "Livre Pensar Literário", "Semeando idéias... Colhendo poemas", "Infância que te quero ter", e técnicos "Plantio Econômico e Prático de Eucalipto", "Combate às Formigas - Cortadeiras".

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sábado, abril 24, 2010 - 15:33

Poesia :

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brunoteenager

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Comentários

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Re: Fim eterno

Fim dos tempos cataclismas, planeta destruído.
Fim dos amores e da poesia, poeta desiludido.
Qual dos dois me pergunto.
Concordo para os dois.
Muito bom.

imagem de Henrique

Re: Fim eterno

Nem contesto nem aprovo...

O dilema é que tens razão!!!

:-)

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