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Findo Amor

Findo Amor
Gil Bertho Lopes

Cartas que transbordavam de paixão
Ainda me arrepiam as carnes
Somente por brincadeira pode um de nós fitar o outro assim

Aquele amor que tinha sido o primeiro e seria também o último

Mais que uma separação
Foi uma dilaceração
Uma fúria
Um precipício
Foi tudo como uma voragem
Qual um abismo que se abriu entre nós, de improviso
E que nos apanhou e nos arrebatou num átimo
E logo se fechou de novo
Sem deixar de si qualquer vestígio

Sem deixar o mínimo traço, pouco a pouco me perturbou a razão
Estive a ponto de enlouquecer de dor
A voz estrangulada de soluços
O ar melancólico no rosto...

Duas lágrimas grossas, imensas, transbordam de meus olhos
Enchendo os espaços por onde o vento anda à solta

Como que ferido, deixo tombar a cabeça
Que mal soerguera dos travesseiros
Desejoso de nunca mais a levantar

É inverno agora no meu coração.

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domingo, março 7, 2010 - 16:58

Poesia :

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GilBerthoLopes

imagem de GilBerthoLopes
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Comentários

imagem de Henrique

Re: Findo Amor

Paralelo ao amor e à paixão, esconde-se um destino que é o fim desses sentimentos!

Que fazer? Seguir novas emoções!!!

:-)

imagem de mariacarla

Re: Findo Amor

"Como que ferido, deixo tombar a cabeça
Que mal soerguera dos travesseiros
Desejoso de nunca mais a levantar"

Tenho lido e noto sentido! :-)

Carla

imagem de IsabelPinto

Re: Findo Amor

Olá Gil,
A separação é sempre dolorosa porque representa um corte com uma relação, com o passado, com o amor com que vivemos e só o vivemos uma vez na vida, mas a boa noticia é que sempre podemos amar outra pessoa novamente!

Findo o amor!Inicio de um novo amor!
Adorei o teu poema
Bjs
I

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