CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
FOME
Fome
Alimentas-te de nada e cresces não comendo,
Quanto menos comes mais vais fortalecendo,
O teu ser de coisa nenhuma, vives sem ninguém te ver,
Só ficas satisfeita quando fazes morrer.
Vives da tristeza matando a alegria de boca fechada,
Não tens dentes e de nada comeres ficas inchada,
Mordes em silêncio e bebes lágrimas como água,
Fazes da vida a morte e nunca sentes mágoa.
És monstruosa, maldita e atinges os mais fracos,
Com a tua avidez do nada os fazes em cacos,
Deixas os atingidos por ti de olhos abertos,
Até que te deixam de ver e pela terra são cobertos.
Quanto menos comes mais força tu aplicas,
Matas como as cobras com as tuas garras malditas,
Só o vento e a chuva te podem fazer frente,
Fazendo crescer na terra a força de alguma semente.
Comes de boca fechada, fechando a boca da vida
Só ficas satisfeita quando a sentes perdida,
És inimiga dos que nada têm e foges da fartura,
Deixando em tantas vidas os teus sinais da amargura.
Não consomes e vives consumindo tantos inocentes,
Vais mirrando as suas vidas com a força de serpentes,
Vai-te embora maldita deixa a vida crescer,
Deixa a Natureza criar para dar de comer.
Eu também te conheço de há muito tempo passado,
Ameaçaste-me morte, passando um mau bocado,
Eu fui resistindo, consegui sair dos teus abraços,
Enchendo a minha boca de pão duro aos pedaços.
Eu sei como te chamas, o teu nome é muito pequeno,
Escreve-se com quatro letras, nada mais, nada menos,
O teu nome é fome és medonha e indesejada,
Deixa este mundo para sempre deixa a vida descansada.
Tavira, 26 de Julho de 2011-Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 887 leituras
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Fantasia | CORRER ATRÁS DO SOL | 0 | 681 | 05/12/2012 - 11:01 | Português | |
Poesia/Pensamentos | OLHOS | 1 | 776 | 05/12/2012 - 10:46 | Português | |
Poesia/Meditação | NÃO SEI O QUE PAREÇO | 2 | 479 | 05/11/2012 - 10:26 | Português | |
Prosas/Pensamentos | INFERNO | 0 | 1.300 | 05/11/2012 - 10:11 | Português | |
Poesia/Geral | UM CAVALO | 0 | 582 | 05/10/2012 - 10:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A TUA MENTE | 0 | 308 | 05/10/2012 - 10:24 | Português | |
Poesia/Geral | CANTO | 0 | 571 | 05/10/2012 - 10:21 | Português | |
Poesia/Geral | PEDRAS SOLTAS | 0 | 562 | 05/09/2012 - 02:22 | Português | |
Poesia/Geral | SERÁ ASSIM? | 0 | 286 | 05/09/2012 - 02:18 | Português | |
Poesia/Geral | UIVO | 0 | 371 | 05/09/2012 - 02:13 | Português | |
Poesia/Geral | DINHEIRO | 3 | 615 | 05/09/2012 - 02:00 | Português | |
Poesia/Amor | DE OLHOS FECHADOS | 0 | 1.310 | 05/08/2012 - 15:20 | Português | |
Poesia/Geral | PÃO | 0 | 314 | 05/08/2012 - 15:14 | Português | |
Poesia/Geral | SOMBRAS PERDIDAS | 1 | 471 | 05/07/2012 - 18:20 | Português | |
Poesia/Amor | DENTRO DE MIM | 0 | 916 | 05/07/2012 - 16:36 | Português | |
Poesia/Amor | AGRESSÕES AO VENTO | 0 | 790 | 05/07/2012 - 16:32 | Português | |
Prosas/Pensamentos | SERPENTES | 0 | 1.429 | 05/06/2012 - 14:51 | Português | |
Poesia/Geral | ESPERANÇA | 0 | 406 | 05/06/2012 - 14:46 | Português | |
Poesia/Intervenção | É PREFERÍVEL | 0 | 878 | 05/06/2012 - 14:40 | Português | |
Poesia/Amor | OS PASSOS DELA | 2 | 961 | 05/05/2012 - 13:33 | Português | |
Poesia/Geral | PALAVRAS | 0 | 321 | 05/05/2012 - 10:19 | Português | |
Poesia/Geral | AMBIÇÃO | 0 | 713 | 05/05/2012 - 10:11 | Português | |
Poesia/Fantasia | VOAR | 2 | 1.003 | 05/04/2012 - 11:08 | Português | |
Poesia/Amor | SÓ TE QUERO A TI | 0 | 1.248 | 05/04/2012 - 11:05 | Português | |
Poesia/Geral | CAUTELAS E CALDOS DE GALINHA | 0 | 774 | 05/04/2012 - 11:00 | Português |
Add comment