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A Fonte dos Amores Impossíveis

Toda ela tremia, já nem sabia se seria de frio ou de medo,
Mário, havia lhe feito mais uma cena imensa de ciúmes,
Havia-a deposto do seu posto de trabalho e pô-la porta para fora, bem cedo,
Tão cedo, que ainda andavam na rua, os vaga-lumes.

Tinha muita fome também,
Mas, não conhecia ninguém...

Ao menos, ainda tinha algum trocado, que conseguiu rapar do seu bolso,
Porém, aquele mísero dinheiro,
Só lhe daria para uma ou duas semanas de comida e algum tabaco avulso,
E não para um mês inteiro.

Não podia para casa voltar,
Não, depois daquele tempo todo, que fez de conta que os esquecera,
Nem a mãe ia gostar,
Nem ela, seria assim tão megera.

Andou, andou e andou, até parar e se sentar num banco de um jardim,
Era um sitio calmo, já fora da baixa da cidade, nos seus arredores,
Era bonito e tão limpo, que nunca tinha estado num sítio assim,
Sentou-se descansada e apreciou a paisagem, cheirando no ar, o perfume das flores.

Bem, no meio, estava uma fonte, com água cristalina e transparente,
No seu topo, abraçados, estavam duas figuras apaixonadas,
E por baixo delas, um demónio, com a sua lança em tridente,
Que lutava para os alcançar, mas as figuras, estavam alienadas.

Era a Fonte dos Amores Impossíveis, e de quem bebesse dela,
Encontraria a felicidade,
E, mesmo o demónio, não poderia nada contra ela,
Pois, quem vencia era a força da fonte, a vontade.

Em troca, uma moeda de meio vintém, simplesmente,
Um meio simbólico de pagamento,
Um gesto de boa vontade e de em algo, crente,
Que ao encontrar o amor, até seria pouco, como agradecimento.

Tirou do bolso, algo que lhe faria muita falta,
E decidiu arriscar a sua sorte,
Pois, no que tocava ao amor, a sua fasquia era alta,
E lá atirou a moeda, que afinal de contas, só serviu para uma coisa…para a morte.

 

 

 

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segunda-feira, novembro 28, 2011 - 15:06

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