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Geo(grafia)mecano(grafica)...
Há um espartilho no teu olhar,
que me aperta e me cinta a cintura...
E eu dedilho as ilhoses onde passa o fio
e se enlaça o laço que embeleza a minha gaiola...
Sinto as tuas mãos a medirem-me
e a esculpirem-me a respiração...
E um beijo frio que me tarda
e me arde na tarde que não chega...
E medes-me em polegadas pardas,
criando cartas geográficas,
numa topografia demográfica
de saber os habitantes per capita
que habitaram o meu coração
e lavraram o meu corpo,
tantas vezes morto pela precipitação...
Inês Dunas
Libris Scripta Est
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Poesia :
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Comentários
Re: Geo(grafia)mecano(grafica)...
Um desabafo inundado numa lágrima poética que aqui no teu poema escorre de forma gritada!!!
:-)
Re: Geo(grafia)mecano(grafica)...
Um texto bastante
interessante. Gostei,
verdadeiramente.
:-)
Re: Geo(grafia)mecano(grafica)...
Assim tornas-te incomensurável já que a medida em que o toque ou o beijo "instrumentam-se" para medir vossa volúpia, há uma procura incessante impossível de formular ou calcular o fim. Seu calor sempre acenderá outras tentativas e mais outras, assim penso quando tentamos explorar mares do desejo, continentes do amor, a brandura dum gemido, o aconchego dum olhar. A precipitação revela a vontade que corre veloz que vai encontrando o cansaço do êxtase.
Alcantra
Re: Geo(grafia)mecano(grafica)...
Uma estatistica parda sem duvida...que importa quem veio morrer se já se feneceu no acto do verbo conjugado.
A precipitação é um fardo...
Bonito poema.
:-)
Re: Geo(grafia)mecano(grafica)...
Um poema diferente...? Talvez seja o meu olhar precipiado sobre as palavras que trazes, e que por serem tão fortes me deixam cair num estado de desvario...
Há no teu poema uma medição do tempo que se empolieta nos lugares onde os copros se medem com as palmas das nossas mãos
Beijo para ti linda Inês.
Gosto muito de te ler