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Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma porta aberta

Há aquelas coisas de que nunca penso se houver
Uma porta aberta, mesmo que não haja ninguém
Por perto ou que saiba de como se escuta a infelicidade.

Preciso de um silêncio do tamanho das vezes que quiser,
Ou um pouco mais ainda se tiver a chover também lá fora,
E uma cadeira onde me possa sentar a escutar o Inverno
E o prazer de não haver mais nada.

Por vezes imagino que acordo junto à janela e vejo um
Outro dia sentado nos degraus à entrada, com a Primavera
Ao colo e uma carta de despejo para tudo o que não quero.

Outras, apenas uma forma rápida de morrer sem que ninguém
Dê por isso ou só o tempo necessário para nascer outra vez.

Fico assim até que o relógio ganhe relevo no corpo, na cómoda
E nas partes mais cansadas da alma, ou até que alguém me bata
À porta sem fazer algum barulho e se sente ao meu lado como
Quem se senta em mim.

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quarta-feira, março 24, 2010 - 21:40

Poesia :

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jopeman

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Comentários

imagem de nunomarques

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

Muito belo.

Outras, apenas uma forma rápida de morrer sem que ninguém
Dê por isso ou só o tempo necessário para nascer outra vez.

Momentos em que a alma vagueia pelo vazio dos nossos sentimentos.

Abraço
Nuno

imagem de Henrique

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

Preciso de um silêncio do tamanho das vezes que quiser,
Ou um pouco mais ainda se tiver a chover também lá fora,
E uma cadeira onde me possa sentar a escutar o Inverno
E o prazer de não haver mais nada.

Que dizer diante tal obra de arte poética?

Este é um dos teus que mais gostei!!!

Favorito.

:-)

imagem de Lapis-Lazuli

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

Terrivelmente...Belo!

A Primavera anda aí...

Abraço!

imagem de Librisscriptaest

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

E tb são tantas as vezes q me sinto assim, como se o Inverno tivesse tomado conta do meu corpo e da minha alma e chovesse em mim, mais ainda do q lá fora... Quando ate sentimos o cheiro da Primavera, q chega pé ante pé, tremula e tímida, mas nós lhe viramos as costas pq a nossa alma se habituou tanto ao Inverno q lhe custa arrumar os agasalhos e receber o calor e o sol, la dentro... Muitas vezes parece q não sobreviveremos a outra mudança de estação, assim quase preferimos mantermos-nos na estação pior, na estranha resignação de pensarmos, q como o tempo nos habituaremos aos dias cinzentos, apenas pq tememos saborear uma nova Primavera e mais tarde, no pico do sabor, começarmos a ter de voltar a usar casacos pq a vida é cíclica e tb possuí as 4 estações...
Adorei, como adoro sempre ler aquilo q tão bem escreves e partilhas de ti!
Beijinho grande, grande e ti, João!
Inês

imagem de SuzeteBrainer

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

Olá João,
Gostei muito, poema profundo,reflexivo e muitoo inspirado!

:-) Suzete Brainer.

imagem de IsabelPinto

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

Olá João :-)

Por vezes necessitamos de parar ou abrandar um pouco o nosso ritmo de vida e estar em nós como quem está só e permanecemos assim, na dor, na tristeza, na lágrima até ao momento em que,repentinamente alguém nos sente...

Um beijo cheio de saudades em te ler

I

imagem de robsondesouza

Re: Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma po...

João,

Também eu me sento ao meu lado de mim...

Triste porém, esperançoso.

Abraços, Robson!

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