CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Incompreensível (Como Tantos Outros)

A minha solidão é corrosiva,
Corrompe a carne a cada injunção
Destas centúrias mortas em procissão,
Pois que minha cegueira é abrasiva,

Quando o sibilo aprazível não vem
E o indizível postula um não-querer,
O ritmo do meu verso é autofágicoser,
Traz a Peste e torna a lástima aquém,

Assim, a tortuosidade faz sua morada,
E eu acabo por repetir a con-dicção malograda
De apenas assistir enquanto me consumo.

Cada nova icterícia poética que promulgo,
Propõe as mesmas bilirrubinas sem vulgo,
Pois atesto o fracasso com mais este insumo.

 

 

Submited by

segunda-feira, janeiro 10, 2011 - 23:33

Poesia :

No votes yet

malentacchi

imagem de malentacchi
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 13 anos 1 semana
Membro desde: 06/22/2009
Conteúdos:
Pontos: 704

Comentários

imagem de Henrique

a tortuosidade faz sua morada

Como tantos outros em que a solidão corrompe a carne com cegueiras!!!

 

Um desaguar bem intenso!!!

 

:-)

imagem de malentacchi

A linha entre a solidão que é

A linha entre a solidão que é necessária e a que é sintomática é bem tênue. Por vezes nos pegamos pulando para o lado em que a solidão corta e o corte não é na carne, é na alma.

 

Obrigado por ler e comentar!

 

Um abraço fraternal

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of malentacchi

Tópico Título Respostasícone de ordenação Views Last Post Língua
Poesia/Tristeza Versos Para o Purgatório da Vida 2 334 02/18/2010 - 14:44 Português
Poesia/Tristeza A Anomalia do Poeta Anônimo 2 510 03/01/2010 - 14:53 Português
Poesia/Tristeza Ditirambo Para a Saudade e Seus Erros 2 248 03/04/2010 - 11:02 Português
Poesia/Canção Uma Canção Para o Andarilho sem Sombra 2 368 03/12/2010 - 19:13 Português
Poesia/Geral Sociopata Monaural 2 467 03/18/2010 - 22:39 Português
Poesia/Tristeza A Doença do Verso Visceral 2 490 03/22/2010 - 17:46 Português
Poesia/Dedicado Um Nome Há Distância 2 329 05/09/2010 - 21:39 Português
Poesia/Tristeza Não Há Abrigo Entre As Ruas Mortas 2 401 05/18/2010 - 19:43 Português
Poesia/Tristeza Incompreensível (Como Tantos Outros) 2 1.434 01/26/2011 - 00:13 Português
Poesia/Tristeza O Reflexo que Assombra 3 412 08/21/2009 - 22:27 Português
Poesia/Meditação Comum Entre as Cousas 3 421 08/24/2009 - 14:45 Português
Poesia/Desilusão A Valsa dos Espectros 3 554 08/24/2009 - 21:51 Português
Poesia/Tristeza Versos Interrompidos Numa Noite Não Muito Distante 3 598 09/19/2009 - 05:09 Português
Poesia/Tristeza Uma Canção Desastrosa 3 451 09/24/2009 - 14:57 Português
Poesia/Tristeza Notas Sobre a Condição Humana 3 493 10/05/2009 - 20:22 Português
Poesia/Tristeza Diffindo Angustia 3 401 10/24/2009 - 05:30 Português
Poesia/Tristeza Dez Versos Para a Noite que Vem 3 672 11/10/2009 - 16:10 Português
Poesia/Tristeza Algo Sobre a Invalidez 3 636 12/26/2009 - 00:24 Português
Poesia/Amor Memórias Impressas 3 472 12/05/2009 - 14:35 Português
Poesia/Tristeza Anomalia de um Verso Triste 3 572 12/10/2009 - 02:55 Português
Poesia/Tristeza O Preterido 3 467 12/31/2009 - 12:27 Português
Poesia/Tristeza White Walls 3 390 02/04/2010 - 19:11 Português
Poesia/Tristeza Um Lucivelo Na Razão (?) 3 393 02/10/2010 - 17:57 Português
Poesia/Tristeza A Dor Vespertina 3 711 03/02/2010 - 02:31 Português
Poesia/Dedicado Sobre o Vaso Morto na Janela 3 355 03/30/2010 - 16:48 Português