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Lacônico Amor
Quis falar de Amor...
Mas falar de amor não foi preciso
O amor se expressou por si próprio
No meu peito cheio e coração vazio
Nada me adiantou palavras rebuscadas
Bradar forte como porta-voz eleito
Proclamar-me dono de tal sentimento
Do valor do seu significado verdadeiro
Descobri que ao falar de Amor
Queria, na verdade, falar de mim mesmo...
Das dores que sentia, da saudade que tinha
De mágoas passadas, amores de outros dias...
Quão malfadado fui ao querer expressá-lo
Não ouso mais sequer tentar declará-lo
Atenho-me à palidez do papel em branco
Deixando-o, assim, ficar, feito eu, atônito
E o Amor, perdido no silêncio evasivo
Por vezes, ainda o vejo por aí, no ar, surgindo
Outras vezes, tão dolorosamente, aos poucos
Vejo-o, por aqui, no mesmo ar, sumindo
Ah essa minha natureza mesquinha!
Ignorante da particular inocência do Amor
Quis de novo ser humano, ser cético, ser cínico
E a cada vã tentativa, no erro, reincidindo
Quão inútil foi querer desvendá-lo?
Serviu-me de lição, mas, também, de castigo
Deixo aqui registrado, homologado e sabido:
- Quando se trata de Amor, é-se sempre principiante
Não tem especialista de causa, nem existe doutor
É-se mero amante, quando se ama de verdade
Sem nunca deixar-se de ser um pobre sofredor
É... Ao falar de Amor, não obtive proveitos
Em prosa e verso declamados, textos imensos
Lindas palavras escritas, longo discurso proferido
Mas exagerei no contexto, dei com os dentes na língua
Excedido de empolgação, decaí em tentação
Fui indelicado, fui profano, fui prolixo...
"Amor"?... O que poderia dizer?...
Apenas o sinto...
________________________________________________________
Outro poemas no blog http://www.carlinhoscavalcanti.blogspot.com/
abraço à todos
;-)
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Comentários
Re: Lacônico Amor
Em prosa e verso, textos imensos declamados
Lindas palavras escrevi, longo discurso proferi
Excedido em empolgação, decaído em tentação
Exagerei... Dei com a língua nos dentes
Fui relapso, fui profano, fui prolixo
"Amor"?... Nada tenho a dizer
Apenas o sinto...
Fantástico!!!
:-)