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Meu amigo ócio
Algumas pessoas nascem para determinadas coisas;
desde muito novas demonstram algum talento
ou têm alguma facilidade ou gosto por certas atividades;
eu os tenho também - para o ócio.
Faço nada com uma facilidade e alegria impressionantes!
Daí a filosofia e a contemplação em minha vida:
puro efeito do ócio.
É muito simples: quero ser nada!
Não quero ser professor,
nem mesmo quero ser filósofo,
não quero ser músico, poeta, artista;
quero mudar nada, quero criar nada.
Mas não quero ser um ocioso profissional,
quero continuar sendo um ocioso amador,
pois amo o ócio!
Realizações? Não me interessam mais...
Não suporto os "mercados" e as "máfias" que dominam o mundo,
nos quais se transformaram as atividades mais interessantes e estimulantes da vida humana.
Não quero mais trabalho,
nem mais preocupações,
nem mais responsabilidades,
nem mais metas a cumprir
ou mais tabelas para preencher.
Quero mais tempo livre!
É simples: quero apenas ser rico, nasci para isso;
quero ser rico o bastante para poder comprar, o mínimo que seja,
de uma pequena partícula de um real e verdadeiro livre arbítrio.
Num mundo dominado pelo dinheiro, como o nosso,
somente dessa forma posso sentir um pouco da legítima e real felicidade
de poder fazer apenas o que eu quiser.
Essa é a aspiração mais elevada à qual eu posso ascender.
Quero poder fugir da sociedade e da civilização.
Quero poder dar-me ao luxo de passar dias inteiros fazendo nada, se assim me aprouver.
Quero poder abraçar as incertezas
e viver celebrando a preciosa oportunidade de estar vivo e respirando.
Quero aproveitar ao máximo o meu tempo de vida - produzindo nada e vivendo do ócio.
Tenho gostos muito simples: tudo o de melhor me satisfaz.
Quero poder comprar um pouco do gosto de poder voltar à época
em que ainda podíamos simplesmente respirar,
sentir a presença do espaço e a passagem do tempo,
admirar e contemplar a natureza à nossa volta;
voltar a ouvir apenas os sons naturais do mundo
e voltar a sentir os gostos verdadeiros das coisas;
voltar a sentir o vento fresco e leve que sopra das montanhas
ou a umidade limpa e quente que se espalha pelas baixadas litorâneas;
voltar a viver os dias meditando naturalmente,
com a calma extasiante que me é de direito,
sem precisar de um templo ou de uma fuga para conseguir fazê-lo.
Tudo o que eu quero é apenas isso: viver!
Mas quero viver a vida e não apenas sobreviver numa sub-vida...
desde muito novas demonstram algum talento
ou têm alguma facilidade ou gosto por certas atividades;
eu os tenho também - para o ócio.
Faço nada com uma facilidade e alegria impressionantes!
Daí a filosofia e a contemplação em minha vida:
puro efeito do ócio.
É muito simples: quero ser nada!
Não quero ser professor,
nem mesmo quero ser filósofo,
não quero ser músico, poeta, artista;
quero mudar nada, quero criar nada.
Mas não quero ser um ocioso profissional,
quero continuar sendo um ocioso amador,
pois amo o ócio!
Realizações? Não me interessam mais...
Não suporto os "mercados" e as "máfias" que dominam o mundo,
nos quais se transformaram as atividades mais interessantes e estimulantes da vida humana.
Não quero mais trabalho,
nem mais preocupações,
nem mais responsabilidades,
nem mais metas a cumprir
ou mais tabelas para preencher.
Quero mais tempo livre!
É simples: quero apenas ser rico, nasci para isso;
quero ser rico o bastante para poder comprar, o mínimo que seja,
de uma pequena partícula de um real e verdadeiro livre arbítrio.
Num mundo dominado pelo dinheiro, como o nosso,
somente dessa forma posso sentir um pouco da legítima e real felicidade
de poder fazer apenas o que eu quiser.
Essa é a aspiração mais elevada à qual eu posso ascender.
Quero poder fugir da sociedade e da civilização.
Quero poder dar-me ao luxo de passar dias inteiros fazendo nada, se assim me aprouver.
Quero poder abraçar as incertezas
e viver celebrando a preciosa oportunidade de estar vivo e respirando.
Quero aproveitar ao máximo o meu tempo de vida - produzindo nada e vivendo do ócio.
Tenho gostos muito simples: tudo o de melhor me satisfaz.
Quero poder comprar um pouco do gosto de poder voltar à época
em que ainda podíamos simplesmente respirar,
sentir a presença do espaço e a passagem do tempo,
admirar e contemplar a natureza à nossa volta;
voltar a ouvir apenas os sons naturais do mundo
e voltar a sentir os gostos verdadeiros das coisas;
voltar a sentir o vento fresco e leve que sopra das montanhas
ou a umidade limpa e quente que se espalha pelas baixadas litorâneas;
voltar a viver os dias meditando naturalmente,
com a calma extasiante que me é de direito,
sem precisar de um templo ou de uma fuga para conseguir fazê-lo.
Tudo o que eu quero é apenas isso: viver!
Mas quero viver a vida e não apenas sobreviver numa sub-vida...
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quinta-feira, fevereiro 1, 2018 - 14:18
Poesia :
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Comentários
muito obrigado
pela visita ao meu lado
muito obrigado
Muito obrigado pela leitura e comentário, Joel.
Um abraço.
obrigado eu
por me deixar ler a sua poesia e fazer deste site um nado-vivo
Meu amigo ócio
O trabalho é fruto do homem inferior, pois o ócio é tudo o que o ser humano elevado deseja. Uma pequena reflexão sobre o que, no fundo, todo mundo quer...