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FELISBELA, MEU AMOR
Quantas vezes eu fiquei
à sombra do bambuzal
esperando ela passar.
Outras vezes eu sonhei:
ilusão, mas não faz mal,
em com ela me casar.
Depois do mês de maio
eu terminei a colheita.
Tava todo endinheirado.
Montei no cavalo baio,
me aprumei na roupa preta
e saí todo engomado.
Queria encontrar Felisbela,
pra matar minha saudade
e falar do meu querer.
Fui num trote à casa dela,
tão ingênuo e sem maldade,
nem sabia o que dizer.
Fui chegando pra cozinha
querendo fazer surpresa
querendo vê-la sozinha.
Pobre de mim, coitadinho...
Abraçada a seu marido,
parecia um princesa
e a surpresa, então, foi minha.
(jthamiel)
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J. Thamiel
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