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Meu avô!

Ah que saudade, meu avô querido!
da tua voz compassada
com sotaque espanhol,
do cheiro forte do teu cigarro,
da tua tosse e pigarro,
assistindo na TV o futebol,
dos puxões de orelha que me dava,
dos conselhos que passava
sentado a poltrona no mesmo lugar.

Ah que saudade de ti !
Daquele jeito carrancudo e teimoso,
do ronco, dos murmúrios,
do teu coração bondoso
que ajudava todos os parentes,
ou qualquer tipo de gente
que batesse a porta.

Ainda lembro da minha infância,
daqueles dias felizes
que não consigo esquecer,
de quando chamava meu nome,
e perguntava se estava com fome,
e dizia: “Entra para comer”.

Quando pedia para sentar
ao seu lado no almoço,
mandava fritar um bife bem grosso,
e o comia apenas com salada
acompanhado de um bom vinho.
Contava sempre as mesmas piadas,
dávamos boas risadas,
e logo depois, subia as escadas
e ia descansar um pouquinho.

Ah que saudade meu avô querido!
Nem imaginas como tenho sentido,
a falta das tuas repreensões,
das brincadeiras, do colo, das broncas e sermões,
sempre que fazia uma arte.

São imagens que não posso esquecer,
tuas coisas espalhadas por toda parte,
teus óculos, chinelos e jornais,
que nunca deixavas de ler.

Ah que saudade! Hoje tua poltrona,
ainda esta lá no cantinho,
onde costumo olhar e vê-la vaga,
onde as vezes sento-me por uns minutinhos,
na expectativa de que a lembrança o traga,
de volta, mesmo que por um instantinho.

Poesia pertencente ao livro "As Borboletas não choram" que será lançado dezembro próximo. registrado na fundação biblioteca nacional.

Submited by

quarta-feira, outubro 14, 2009 - 02:45

Poesia :

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CleberPaschoal

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Comentários

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Re: Meu avô!

Cleber,

Que linda homenagem, que doce saudade! Também perdi um avô querido e senti em tua escrita um pouco deste avô que para nós nunca deixará de viver em nosso ser!

Parabéns!

imagem de MarneDulinski

Re: Meu avô!

CleberPaschoal!

Meu avô
Ah que saudade! Hoje tua poltrona,
ainda esta lá no cantinho,
onde costumo olhar e vê-la vaga,
onde as vezes sento-me por uns minutinhos,
na expectativa de que a lembrança o traga,
de volta, mesmo que por um instantinho.
LINDÍSSIMO, MUITO BEM MONTADA SUA HISTÓRIA E LEMBRANÇAS COM SEU AVÔ! AH! COMO ME FEZ LEMBRAR DO MEU!
MarneDulinski

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