CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
a minha casa
A minha casa, é onde o espírito mora.
Onde arrumo os meus hábitos e organizo momentos.
A fortaleza sem paredes onde me sinto segura,
As almofadas onde a tormenta descansa.
Perfumes e recordações.
São livros, e objectos pequenos.
A musica de que mais gosto, e o lento passar do tempo.
Não tenho laços, nem raízes.
Nem cidade, nem país.
Habito as palavras e os sonhos onde me sinto tranquila.
É uma janela aberta a um horizonte qualquer.
Onde adormeço para sonhar.
Onde morri tantas vezes para renascer todos os dias.
Não tem divisões demarcadas.
A minha casa etérea, é transparente e maleável.
Dissolve-se. Transfigura-se e desfaz-se.
Dura um segundo e evapora.
Permanece em mim para sempre, como uma cicatriz, ou um instante esquecido de um momento que passou.
A minha casa, é o que invento.
É onde me reinvento.
É toda espelhos e luz, mesmo na sombra.
Mesmo que chova.
Mesmo que a humidade torne o ar pesado.
Mesmo que a luz lhe passe ao lado.
Uma estrada lamacenta, relembra o exílio.
Espaço intermédio, ou rampa de lançamento.
Uma casa de lego, que encho de bonecas.
Onde não cabem mais bonecas, nem conchas, nem silêncios.
É onde as mascaras se quebram e as cortinas voam soltas -são lenços de praia filtrando a luz da manha.
São dias iguais, ou dias cinzentos.
São vozes que me pertencem e velas de baunilha.
Caixas de pequenos nadas catalogadas por cores.
Padrões rasgados, de tão gastos.
Um velho pano de chão.
É um palácio de princesas, onde falta quase tudo.
Minha casa reciclada.
Veio uma onda brilhante
E tudo desmoronou.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 499 leituras
Add comment
other contents of JillyFall
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | pária | 4 | 403 | 02/26/2010 - 11:52 | Português | |
Poesia/Desilusão | nao-historia | 4 | 371 | 02/26/2010 - 11:46 | Português | |
Poesia/Fantasia | é o eterno segredo | 2 | 510 | 02/26/2010 - 00:21 | Português | |
Poesia/Tristeza | prisioneira | 5 | 494 | 02/26/2010 - 00:00 | Português | |
Poesia/Tristeza | a minha casa | 3 | 499 | 02/26/2010 - 00:00 | Português | |
Poesia/Paixão | nao sei | 4 | 380 | 02/24/2010 - 22:24 | Português | |
Poesia/Meditação | a minha existencia | 3 | 371 | 02/24/2010 - 22:23 | Português | |
Poesia/Tristeza | vazio | 4 | 399 | 02/24/2010 - 22:22 | Português | |
Poesia/Desilusão | sol | 3 | 428 | 02/24/2010 - 22:22 | Português | |
Poesia/Tristeza | folhas soltas | 2 | 501 | 02/24/2010 - 21:35 | Português | |
Poesia/Desilusão | sonho perdido | 2 | 340 | 02/24/2010 - 20:32 | Português | |
Poesia/Fantasia | Astrológica | 1 | 397 | 02/24/2010 - 03:41 | Português | |
Poesia/Tristeza | sombras | 2 | 532 | 02/21/2010 - 14:16 | Português | |
Poesia/Fantasia | saudade | 4 | 553 | 12/08/2008 - 23:57 | Português | |
Poesia/Amor | procuro | 5 | 352 | 11/17/2008 - 00:04 | Português | |
Poesia/Tristeza | I madrugada | 6 | 520 | 06/12/2008 - 13:35 | Português | |
Poesia/Tristeza | III madrugada | 2 | 377 | 06/10/2008 - 18:59 | Português | |
Poesia/Tristeza | II madrugada | 3 | 471 | 06/10/2008 - 13:07 | Português | |
Poesia/Fantasia | Do outro lado do espelho | 6 | 626 | 06/05/2008 - 19:49 | Português | |
Poesia/Tristeza | recortes | 2 | 358 | 05/21/2008 - 00:37 | Português | |
Poesia/Fantasia | é o eterno segredo | 2 | 475 | 05/15/2008 - 22:03 | Português | |
Poesia/Gótico | madrugada | 2 | 619 | 05/15/2008 - 13:19 | Português | |
Poesia/Desilusão | espaço intermédio | 1 | 853 | 05/15/2008 - 03:18 | Português | |
Poesia/Tristeza | cidade | 1 | 518 | 05/15/2008 - 03:16 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Fada | 2 | 562 | 04/22/2008 - 21:35 | Português |
Comentários
Re: a minha casa
Texto bem escrito, bem enquadrado no tema!
:-)
Re: a minha casa
Um fantastica texto sobre a nossa casa interior, aquela que como nómadas construimos e desconstruimos, durante a nossa vida.
adorei!
Re: a minha casa
Gosto imenso de a ler porque me identifico incrivelmente com o que escreve. revejo-me, sabe Inês?
Esta prosa poética está extraordinariamente bela.
Felicito-a por isso e pela sensibilidade que emprega às suas descrições poéticas.
Vóny Ferreira
http://vony-ferreira.blogspot.com/