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Minha Poesia
Eu queria que minha poesia
fosse natural como o vento,
e me atirasse no colo, vez por outra,
as palavras tontas e verdes,
como faz com as folhas
o próprio vento.
Eu queria que minha poesia,
fosse mansa como a luz da lua,
e viesse descendo macia sob os telhados,
acariciando as janelas,
beijando os lençóis brancos
das pessoas que moram por aí.
Ah! Poesia minha...
Sempre um passo atrás do que sinto,
sempre um olhar anterior ao pensamento.
Que me importa?
Nesta vida
és minha última bandeira,
és meu único atrevimento.
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Poesia :
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Comentários
«Que me importa? Nesta
«Que me importa? Nesta vida... és o meu último atrevimento». Ao ler o poema senti-me a descer mansa pela poesia, a ser acariciada pelas palavras. Gostei muito, Ulisses.
Obrigado Emanuelle! Também
Obrigado Emanuelle! Também escrevi com esta sensação, a poesia cobrindo os telhados como a luz da lua...