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A MINHA VONTADE
A minha vontade
Com a minha vontade eu faço e aconteço,
E no meu próprio caminho ando e tropeço,
Se cair, a minha vontade me levanta,
E continuo a andar e isso me agiganta.
A minha vontade sou eu, vou entrando e saindo,
E quando me apetece também vou fugindo,
Quando a pressa me acelera para chegar,
Onde a minha vontade me quer levar.
A minha inteligência faz-me escolher o caminho,
E a minha vontade, leva-me ao meu ninho,
Que escolhi para mim, de preferência aconchegante,
Mas não quero ser por isso mais importante.
Com a minha vontade e a minha inteligência,
Eu posso ser forte sem cair na indolência,
Pois se ela se atravessar na minha mente,
A minha vontade, não me deixa, leva-me em frente.
Se não fosse a minha vontade bastante forte,
Eu já não andava por aqui, tinha perdido a sorte,
De viver como eu desejo e que para mim escolhi,
E assim, tenho a sorte da vontade que senti.
Pela minha vontade, sou eu e mais ninguém,
Sou um fruto nascido do meu pai e da minha mãe,
Mas não sei se foi da sua vontade que eu nasci,
Apenas sei que sou eu e ainda continuo aqui.
A inteligência, não tem a grandeza da minha vontade,
Reconheço que é assim, é a minha verdade,
Não sou nem mais nem menos do que ninguém,
Apenas sei que sou, sou alguém.
O nada ou pouca coisa nunca me satisfez,
Mas nunca me portei com os outros com altivez,
Sou pessoa, sou eu, sou realidade e não aparente,
Sou o quis ser, sou eu, sou alguém, sou gente.
Fortaleza, 27 de Outubro de 2011-Estêvão
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