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Não julgue pelas aparências...

Dona Quitéria uma mulher bem casada
Tinha um filho e no lugar onde morava era muito respeitada
Por entre as frestas da janela olhava a vizinha
que sempre chegava de madrugada

A vida da outra que era espiada era muito diferente
Chamava-se Edith, era mal falada e por muita gente
Uma prostituta que tinha uma filha adolescente
Dona Quitéria viva dizendo que Edith
era uma mulher indecente

Edith chegava em plena escuridão
olhava a filha com a mão no coração
Percebia aliviada que não tinha lhe acontecido nada
e ajoelhada agradecia a Deus com gratidão
Tinha optado por esta vida,
porque não conseguiu antes outra profissão

Dona Quitéria mãe de um filho também adolescente
Tratava o moço com muita estupidez
e isto era constantemente,
Ela dizia que o tratava assim
porque dos nervos estava doente!
É...doente no espírito, doente na maldade
Pois na verdade, falava demais e de toda a cidade!

A vida de Edith sempre foi muito dura
tinha que batalhar para comprar o pão
Enquanto a dona Quitéria
vivia numa vida de pura alienação
Todos estavam errados, só ela que tinha razão
Batia no filho deste pequeno, achava que assim,
o ensinava a seguir na vida com retidão

Edith nunca bateu na própria filha, á tratava com muita afeição
Era tudo o que ela tinha de valor
sempre cuidou dela com muita dedicação
Mas na rua onde morava era chamada de mulher vadia,
que vivia da prostituição
Dona Quitéria esparramava isto para todo mundo,
disto fazia questão!

E Muito triste ficava Edith,
ao ver os cochichos quando na rua caminhava
Principalmente a Dona Quitéria que ria bem alto
e então o dedo para Judith apontava
Dizia: -Lá vai aquela vagabunda,
esta inútil maldita e depravada!
Judith fingia que não ouvia, o olhar desviava
e para Dona Quitéria ela nem olhava!

Num domingo chuvoso Dona Quitéria passou mal,
sentindo muita falta de ar
A morte que nunca avisa e chega devagar,
naquele dia veio lhe buscar
No seu enterro não apareceu quase ninguém
estranho uma mulher de tantas amigas?
Pasmem a única que apareceu no dia
foi Edith a tal mal falada rapariga!

Chegou abraçando os parentes, deu os pêsames
e ainda por cima tão triste chorou
Ironia desta vida, Judith foi até o filho de Quitéria
e carinhosamente o abraçou
Então o moço chorando lhe falou:
-Obrigado querida, pela primeira vez na minha vida
recebi um abraço de mãe de verdade!
-Incrível que foi só na morte da minha mãe,
num dia de infelicidade,
que pude perceber em você Judith uma infinita bondade!

Os dois se abraçaram e ficaram a chorar
Então Judith falou com carinho,
pois queria a tristeza do moço abrandar
-Não fique assim meu filho sua mãe está em um bom lugar,
a porta da minha casa esta aberta venha sempre me visitar!
Foi o que o moço fez e pela filha de Judith então se apaixonou
Depois de alguns anos de namoro e de noivado,
com a moça ele se casou

Se hoje dona Quitéria pudesse ver isto o que ela diria?

Melhor nós deixarmos para lá porque seria muita baixaria...

Dany

http://canto-cigano.blogspot.com/2011/11/nunca-julgue-pelas-aparenciasby-dany.html

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quarta-feira, novembro 23, 2011 - 00:32

Poesia :

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Dany May

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Comentários

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Boa noite StarGirl!

Amiga concordo com você analisar uma pessoa por fora,

e tirar conclusões preciptadas, pensar que já viu tudo,

e não esperar para conhecer realmente esta pessoa,

é uma atitude de uma pessoa com pouca inteligência!

Cada um que viva a sua vida, e isto já é tão dificil,

fico imaginando como certas pessoa arranjam tanto tempo,

para falar da vida alheia?!

Gostei muito do seu comentário amiga StarGirl!

Muito obrigada

Abraços

Dany

imagem de Star Girl

O que os olhos veêm é uma

O que os olhos veêm é uma mera capa

O que o nosso preconceito diz é apenas uma opinião

Conhecer o próximo é ler seu conteúdo e tirar as conclusões sem estigmas...

 

Gostei da poesia e ainda mais da lição que ela proporcionou.

Abraços da StarGirl

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