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Não posso adiar por mais tempo o meu grito.


Deixem-me gritar.
Deixem-me estas amarras romper.
Não me roubem o meu grito
nem a possibilidade de gritar
e dizer.

Não posso adiar por mais tempo este grito.
Adiá-lo para outro século que não este
era roubar a mim mesmo
a possibilidade de viver.

Não adio mais o meu grito.
Como não adio também o amor.
Como não adiei também
- quando a perdi -
a vontade de chorar por minha mãe.

Deixem-me chorar.
Porque muitas vezes o meu choro
é a minha forma mais pura e mais nobre
de gritar.


Já não adio mais a vontade reprimida e solitária.
Por mares e desertos longínquos
e distantes
farei o meu grito de revolta
ecoar.

(...)

Não posso adiar por mais tempo o meu grito.
Não posso!
Não me amordacem
que eu não me deixo por ninguém amordaçar.
Deixem-me só mas com a minha liberdade…
Não me impeçam de gritar.

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quinta-feira, março 24, 2011 - 11:10

Poesia :

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AlvaroGiesta

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